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6 de agosto de 2025

O Milagre

 

Editora Venus

Emma Donoghue ficou muito famosa com seu livro "Quarto", que virou filme, e "O Milagre" não é tão impactante no mesmo nível, mas interessa ao trazer uma história ficcional sobre pessoas reais: garotas que jejuavam por motivos religiosos. É todo um fenômeno que eu não conhecia e traz pontos importantes sobre religião, parentalidade e cuidado médico. Vale a leitura.

6 de junho de 2025

Adultos

 

Editora Bertrand

Eu adoro os livros da Marian Keyes - mas esse realmente deixou bastante a desejar... Não simpatizei com nenhum personagem, e o livro foi se arrastando por semanas até eu finalmente encarar as últimas 2 horas que faltavam (num total de 600 páginas)

Os temas sérios da vez são bulimia, gestão de negócios, imigração na Europa, pobreza menstrual e fidelidade conjugal. E sim, muitos temas sérios e muitos personagens, e a parte do humor foi muito pouca. 

E, para coroar, aparece um brasileiro filho de banqueiros chamado Tristão!


1 de fevereiro de 2025

Pessoas Normais

 

Editora Companhia das Letras

Gostei bastante do livro Pessoas Normais da Sally Rooney, a construção dos personagens Connell e Marianne é ótima, a complexidade do relacionamento entre eles, a família e os amigos. São bobos de não se comunicarem direito - sim - mas assim é a vida.

6 de novembro de 2024

Conversations with Friends

 

Editora Hogarth

Chego tarde na trend Sally Rooney, mas cheguei - lendo o primeiro livro dela, "Conversations with Friends", escrito em 2017. Nesse ano, eu tinha 34 anos - 13 a mais que a protagonista, Frances. Essa é a distância de uma geração nesse caso, porque realmente me pareceu que eu estava vendo algo totalmente a parte de mim. 

O livro causa um estranhamento, mas a autora vai nos levando pela mão, através das conversas diferentes, dos relacionamentos diferentes, da forma de lidar com problemas de dinheiro, saúde, família, identidade e autoestima. Faltou só terapia para os personagens, mas até religião aparece em certo momento.

Eu já vou me colocar na fila para os outros livros dela, boa literatura sempre vale.


20 de junho de 2022

Hamnet

 

Editora Tinder Press

Hamnet é o filho de William Shakespeare que morreu ainda garoto, um pouco antes de ele escrever sua peça Hamlet, e é a partir desse fato que Maggie O'Farrell escreve sobre a vida dele, dos pais, da família. É um romance histórico, ficcional, mas com toda sensibilidade que a autora tem para escrever sobre maternidade e relacionamentos familiares, com foco no luto e não no grande personagem que foi (e sempre será) Shakespeare.


28 de abril de 2022

Instructions for a Heatwave

 

Editora Headline


Este livro começa com uma comunicação do governo que é literalmente "Instruções para uma Onda de Calor". Esse é só o ponto de partida para mais um livro da Maggie O'Farrell, que eu amo tanto, falando sobre relacionamentos familiares e amorosos de uma maneira cuidadosa e surpreendente. Recomendo.

3 de março de 2021

O Ano em que Te Conheci

 

Editora Nova Conceito


Em princípio, é interessante ler uma história dessas de chicklit com o tema principal de amizade entre dois adultos, que é a proposta do livro da Cecelia Ahern, O Ano em que Te Conheci, ainda mais um homem e uma mulher. É um mote não convencional, e eu estava animada.

No entanto, o enredo da mulher já cai para toda a ladainha convencional que já sabemos - vai dar tudo certo, pois ela é mais bonita do que acha, apesar de querer o controle sobre tudo, vai ser bom abrir mão para o inesperado, vai achar um emprego melhor - ou que lhe dê mais qualidade de vida - e ainda vai ficar com um cara bonitão e perfeito para ela no final. 

Eu realmente canso de tanta previsibilidade. 

19 de outubro de 2020

I am I am I am

 

Editora Knopf Publishing Group

Nesse livro, Maggie O'Farrell reúne 17 relatos da sua vida em que teve algum tipo de contato com a morte, desde a infância até recentemente.

Quando se fala assim, parece até um certo exagero para uma escritora irlandesa (ou seja, não alguém vivendo num lugar com alto índice de criminalidade ou guerra), mas é exatamente isso que ela apresenta, de uma forma sem floreios, mas com muita sensibilidade. 

A partir desses episódios, é possível traçar sua vida mas também é incrível como ela vai construindo um caminho único até a última história, em que ela afirma: Eu sou Eu sou Eu sou, ou seja a pura afirmação de ser e estar viva.

Esse livro me emocionou muito, e eu entendo que esse é um dos maiores feitos da literatura - transcender as páginas e tocar profundamente nosso coração.

9 de dezembro de 2019

Pilgrim´s Regress

Editora Harper Collins

Vejam bem, eu adoro C.S. Lewis, particularmente seus livros de não ficção. Eu gostei das crônicas de Nárnia, mas eu realmente gosto mais de suas discussões teológicas diretas. Depois de ter lido "Regresso do Peregrino", eu realmente posso dizer que prefiro mesmo os livros de não ficção.

Talvez o fato de ter lido em inglês tenha sido uma dificuldade a mais, mas foi realmente um desafio terminar de ler esse livro (sendo quem é o autor, eu não queria abandonar), mas foi quase um suplício apesar dos capítulos curtos. Eu sabia que tudo deveria ser cheio de significado e profundidade, mas a maior parte da coisas eu não conseguia entender. (Talvez uma edição com notas seja mais fácil.)

Por fim, no epílogo, o próprio C. S. Lewis admite que fez essa história muito complicada mesmo (e ufa, eu não estava boiando sozinha). Esse livro então é para quem estuda mesmo o autor, o contexto social e teológico da época, e sua própria trajetória pessoal.

29 de outubro de 2019

The Hand that First Held Mine

Editora Headline Publishing Group - Foto da Capa John Deakin

Eu sistematicamente gosto de todo livro que eu leio da Maggie O´Farrell, e foi com esse livro que eu percebi que posso chama-la de uma das minhas autoras favoritas. Ela é uma autora muito boa, boa mesmo, e eu gosto do jeito que ela conta histórias, constrói personagens e narrativas, deixando a ponta de mistério e pintando um panorama incrível de humanidade.

Nesse livro, "A mão que me acariciou primeiro", conhecemos duas mulheres muito diferentes, Lexie e Elina, em dois contextos históricos diferentes - a primeira no pós guerra e a segunda mais próxima da contemporaneidade. É claro que esperamos que as histórias se cruzem, e isso ocorre de maneira surpreendente, mas antes disso já temos um tema forte que é a maternidade, não só a recém adquirida (como no caso da Elina que acaba de ter um bebê), como também dos adultos com suas próprias mães.

Eu adorei o retrato da maternidade desse livro, como ele ressoou dentro de mim sem estabelecer uma regra ou um padrão de maternidade. Sendo totalmente ficcional, ele mostrou uma maternidade possível e real.

Maggie O´ Farrel é extraordinária.

10 de dezembro de 2018

A Torre Negra

Editora Planeta - Capa

A Torre Negra é um livro para fãs do C.S. Lewis. A começar que a história que dá título ao livro não está completa. Há trechos faltando no manuscrito original. A história não acaba! E é uma ficção científica bem estranha. Eu fiquei com uma sensação de deja vu - de já ter lido ou visto um filme com a mesma proposta dessa história, mas não consegui identificar onde. (E reparem que há um livro mais famoso com o mesmo título do Stephen King).

Essa edição inclui "outras histórias" que são contos mais interessantes (mais curtos e com a grande vantagem de estarem completos). O que eu mais gostei foi um que coloca um mistério na lua, para onde já foram vários astronautas que nunca voltaram. Era um mundo mais mágico esse que dava para imaginar mistérios logo ali na Lua. (Agora eles não estão nem em Marte).

Eu realmente prefiro o C.S. Lewis não ficcional.

2 de dezembro de 2018

How to Fall in Love

Editora Harper Collins

Cecelia Ahern começa zuando os livros de auto-ajuda que prometem ensinar alguma coisa - qualquer coisa - em alguns passos. A personagem Christine Rose tem obsessão por esses livros, e os coleciona aos montes, e planeja escrever o seu próprio um dia. Essa é a linha cômica da história.

Até que um dia, logo depois do seu divórcio e em sitação inusitada, ela encontra um carinha que, obviamente, é "O" cara perfeito, mas ela se coloca numa empreitada para ajuda-lo a reconquistar a ex. Tem mais detalhes nessa história, mas esse resumo e o estilo da autora já basta para perceber que teremos um final feliz, não?

A parte surpreendente para mim foi a abordagem do assunto sério do livro (essa literatura melhor para garotas sempre tem um assunto sério para dar peso emocional), que foi muito sensível e coerente. Recomendo muito essa jornada para descobrir como se apaixonar (acho que tem umas dicas boas mesmo).

31 de outubro de 2018

A Estrela mais Brilhante do Céu

Editora Bertrand Brasil - Capa Carolina Vaz

Marian Keyes nunca decepciona, gente.

No livro "A Estrela mais Brilhante do Céu", o ponto de partida é um personagem - espírito? força? energia? - que observa os moradores de um prédio, de uma forma quase onisciente, conseguindo não só ver o que eles fazem assim como também o que eles estão pensando, e uns vislumbres de passado e futuro. Esse personagem indica que tem um prazo a cumprir, uma decisão a fazer, e a medida em que as tramas dos personagens se desenrolam, também vamos entendendo um pouco mais desse personagem misterioso (mas ele faz parte do gran finale mesmo!).

Eu li esse livro de mais de 500 páginas em 3 dias, porque não dá para parar de ler. É muito envolvente, ir conhecendo as pessoas que parecem reais, seus relacionamentos e seus dramas. Marian Keyes sempre traz um tema pesado a baila, e esse livro não é diferente, mas ele não tinge de preto todo o livro, embora seja sensível e relevante.

É muito difícil Marian Keyes em promoção, mas podem gastar a mais, sempre vale a pena.


28 de dezembro de 2017

The Distance Between Us

Editora Headline Publishing Group
O livro "A Distância entre nós" apresenta dois personagens geograficamente distantes: Jake em Hong Kong e Stella em Londres, eles não se conhecem mas nós temos certeza que eles serão o casal romântico do livro, apesar de estarem a meio mundo de distância e até um deles envolvido com outra pessoa.

No entanto, a capa do livro mostra duas garotas, já que a história das irmãs Stella e Nina é igualmente importante e também se refere ao título - a tal distância entre elas. As garotas são tão próximas que isolam as outras pessoas, até a mãe, que se surpreende constantemente com esse relacionamento.

O livro é incrível, e muito bem construído para ser envolvente e repensar o julgamento do caráter ou personalidade das pessoas - já que o contexto é extremamente relevante nessa história. Adoro livros assim, intricados, com relações significativas e romance.

8 de outubro de 2017

The Birthday Girls

Editora Poolbeg Press
"The Birthday Girls" (não encontrei edição traduzida) é um livro sobre 4 amigas de infância na Irlanda que chegaram aos 39 anos e se reúnem em Miami para comemorar o que é o último aniversário de todas (já que uma delas se recusa a fazer 40 anos, então vai passar a ignorar a data no próximo ano). Depois da infância, elas passaram por histórias bem diferentes - a que engravidou e casou cedo e já tem filhos adultos, a que virou atriz, casou e descasou várias vezes e está passando por uma crise com vício em álcool e remédios, a workaholic sem relacionamentos, e a artista que passou por uma tragédia e está num relacionamento estável pensando em casar.

O livro é bem simples - dá para ir adivinhando o que vai acontecer - mas o que eu achei curioso é que a autora Pauline Lawless às vezes apresenta as personagens como muito velhas, que não conseguem lidar com novas tecnologias ("melhor dar um computador para a fulana, ela não vai conseguir usar um tablet") e às vezes como jovens com corpo sexy (todas possuem corpos esculturais, umas mais outras menos, mas ninguém sofre com peso acima do normal), prontas para aventuras amorosas com desconhecidos. É claro que um livro desses - fácil - não pode dar muita profundidade para os personagens, mas eu sinto que houve exageros demais que o deixa artificial.

De qualquer maneira, foi curioso ler um "chick lit" com mulheres mais velhas.






28 de março de 2017

Dubliners

Editora Wisehouse Classics - Capa Rudolph Buchner
Irlanda é um país tão pequenininho, e nos deu James Joyce, e toda sua riqueza de observação humana. Em Dublinenses (Dubliners), cada história é um pequeno conto, focado em indivíduos totalmente diferentes - gênero, idade, circunstâncias, sem relação entre si.

Eu achei interessante, e eu sei que é bom - boa literatura, realmente boa literatura - mas não provocou sentimentos mais profundos, uma vontade de ler mais do autor.

Eu já li Ulisses - no auge do tempo livro da adolescência - e só achei muito louco, ou seja, talvez tivesse sido precipitada na minha busca pelos clássicos. Agora, mais velha madura, coloco um "ok" novamente no autor, e bola para frente, que há muito ainda por ler.

19 de abril de 2016

Simplesmente acontece

Editora Novo Conceito

Muitos conhecem Cecelia Ahern do livro (e filme) P.S. Eu te amo, que é bom. Então foi com ele em mente que eu fui ler "Simplesmente Acontece", que é ruim. Simplesmente ruim. 

E a partir daqui, spoilers sem controle. É um favor para você não ler o livro.

A história começa com a amizade entre um menino e uma menina - Alex e Rosie, que viram adolescentes, e obviamente poderiam se tornar namorados, mas "isso nem passa pela cabeça deles", Alex se envolve com outra pessoa, Rosie morre de ciúmes, e antes de resolver tudo, ele muda de Dublin para os Estados Unidos. No dia da formatura, ele viria para a festa, mas perde o voo, e Rosie fica com qualquer um aí e engravida. A partir daí, tudo - simplesmente TUDO - que remotamente poderia acontecer acontece postergando que eles fiquem juntos. A autora se dá ao trabalho até de - ironicamente - repetir o enredo do casal original com a filha de Rosie e um amigo da escola - a amizade "improvável" entre menino e menina, o menino que quer ser dentista (Alex queria ser médico), o romance que fica na berlinda. Sério? Apelação.

Talvez o único ponto interessante é que a história toda é contada através de bilhetes, cartas, mensagens, diário dos personagens, etc, qualquer forma de comunicação e registro por escrito. Fico pensando se a nossa história poderia ser contada dessa forma - mas acho que o recurso de áudio do whastapp já corta boa parte do registro escrito atualmente...   

26 de dezembro de 2012

The Mistery of Mercy Close

Editora Penguin
Marian Keyes é minha autora preferida de chick lit. Talvez porque seus livros não são simplesmente entretenimento leve num romance bobo para fazer sonhar um pouquinho, mas ela aborda assuntos sérios de maneira direta, sem perder o bom humor quando ele é possível.

Seu último livro, "O mistério de Mercy Close", é sobre Helen, a última das irmãs Walsh, mas mais do que isso, é sobre depressão, drama particular da autora. Na minha opinião, isso deixou o livro mais pesado e triste do que os outros, já que você é teletransportada para a mente em branco e preto de uma pessoa depressiva.

Este foi o livro dela que eu menos gostei - o humor de Marian Keyes está lá - mas o foco principal é a doença, então não é mesmo o que você espera de um livro de chick lit. Mas para quem quer entender melhor o que é depressão (de verdade, não quando você acorda triste e quer comprar um monte de sapatos e comer chocolate), vale a pena ler esse livro.

3 de dezembro de 2012

The Importance of Being Earnest


Eu nunca tinha lido nada do Oscar Wilde - ou assistido algo dele no teatro - e "A Importância de ser Prudente" foi uma surpresa deliciosa. É um livro muito engraçado, curto e dinâmico, fácil de imaginar como pode ser divertido de ver encenado. Realmente, dá vontade de ler outras coisas do autor.

Eu já tinha gostado do título quando eu entendi o trocadilho em inglês - prudente é tradução de "Earnest", que também é um nome próprio - e esse é o sentido literal, irônico, em toda a obra: a importância de ser nomeado Earnest, ou Prudente.

Quem não encarar ler, não pode perder a oportunidade de assistir... Aliás, se alguém assistiu o filme, e acha que valeu a pena, deixe um comentário...

9 de novembro de 2011

Melancia

Editora Bertran Brasil
Melancia foi o livro que me introduziu ao mundo da chick lit - literatura para garotas, com personagens e dramas contemporâneos. Eu o li anos atrás, e adorei o humor ácido e irônico da personagem principal Claire. O título já é uma referência a si mesma, grávida, e a narrativa começa no dia em que sua filha nasce e o marido a abandona porque está tendo um caso com a vizinha...

Com esse livro, eu virei fã da Marian Keyes que consegue fazer histórias engraçadas, românticas, dramáticas, sem cair no banal: fazer compras - arranjar um namorado - emagrecer (não necessariamente nessa ordem, claro). Esse livro apesar do ponto de partida crítico, prende a leitora logo de cara (não sei de homens que lêem esses livros, mas devem existir por aí), e flui que é uma maravilha. Entretenimento puro, como toda chick lit de qualidade.

Chick Lit está muito associada a minha amizade com a Debô, aniversariante do dia. Ela gosta, eu gosto e isso resulta em livros desse tipo fazendo a ponte aérea SP-RJ tão regularmente quanto possível. Com certeza, ela já leu vários dos livros desse blog por conta disso - já que assim como o meu, o gosto dela não se restringe a esse tema. É tão bom ter uma amizade assim, de anos compartilhando histórias, aventuras, alegrias e tristezas e muitos, mas muitos livros mesmo! Que continue assim por várias décadas! Parabéns, Debô!