31 de dezembro de 2018

Top 2018

Ficção


  • The Hours, Michael Cunningham
  • Harry Potter and the cursed child, J.K. Rowling
  • Olive Kitteridge, Elizabeth Strout
  • A Estrela mais brilhante do céu, Marian Keyes
  • As vinhas da Ira, Jonh Steinbeck


Não Ficção


  • The 7 habits of highly effective people, Stephen R. Covey
  • Como ser mulher, Caitlin Morán
  • A Guerra não tem rosto de mulher, Svetlana Alexijevich
  • Crianças Dinamarquesas,  Iben Dissing Sandahl, Jessica Joelle Alexander
  • Apesar dos filhos, Ruth and Patrick Schwenk
  • O mito da mãe perfeita, Karen Ehman e Ruth Schwenk





Estatística 2018

Nesse ano, mais compromissos no trabalho, na igreja e sociais diminuíram minhas leituras novamente. O ano de 2017 realmente foi um ponto fora da minha rotina. Não consegui chegar a 52 livros lidos (minha meta de um por semana), mas tive boas leituras e uma boa vida fora dos livros também, hahahaha.

Em números:

- 51 livros lidos
- 17886 páginas (em média, são 49 páginas por dia, e livros de 351 páginas.)
- 6 livros brasileiros
- 22 livros lidos no idioma original (português e inglês)
- 37 livros digitais (dispositivo kindle e aplicativo no celular)
- 19 livros escritos por mulheres
- 34 livros em português, 16 livros em inglês, 1 livro em espanhol
- 36 livros do presente século

Em gráfico:


Em metas:



Cerca de 1/3 das minhas leituras foi relacionado com as metas, o que eu achei bem bom - há espaço para o planejado e há espaço para o que surge. Não foquei na leitura dos livros da Agatha Christie, mas a hora deles vai chegar.

Feliz ano novo cheio de livros!!!!


28 de dezembro de 2018

La maravillosa vida breve de Oscar Wao

Editora Penguin Random House - Capa Bill Bragg

Fazia muito tempo que eu não lia em espanhol. Acredito que eu também nunca tinha lido linguagem coloquial em espanhol, com gírias. Então esse livro foi um desafio com relação ao idioma, e a história não ficou tão marcada para mim.

"La Maravillosa vida breve de Óscar Wao", de Junot Díaz, se divide entre os Estados Unidos e a República Dominicana, mas culturalmente é todo sobre essa família da ilha ao longo de 3 gerações e essa transição entre uma ditadura colonialista e a imigração para o país de 1o mundo.

Eu realmente me surpreendi sobre como foi sangrento o governo de Trujillo e as implicações sociais na Rep. Dominicana. Há tanta maldade e violência em cada canto da história humana, tanta!

Esse é um livro bem violento - não tanto como a Breve História de 7 assassinatos - mas está aí. Há também o desespero moral do personagem principal, o Óscar, que cria uma angústia ao longo do livro, mesmo ele sendo tão patético, de certa forma.

É interessante ler um livro com um cenário não usual para nós, e por ser um ganhador de Pulitzer, é altamente recomendável - mas não é um livro que eu curti. Talvez pelo idioma, talvez por não criar empatia com o personagem principal (gostei mais da avó dele!). Eu leria Junot Díaz novamente, vamos ver se ele cruza o meu caminho.

25 de dezembro de 2018

O comentário de João

Editora Shedd Publicações - Capa Samuel Paiva

O livro "O comentário de João" é extenso, completo, e uma verdadeira luz sobre o evangelho mais poético e filosófico da Bíblia. Foi extremamente enriquecedor ler essa obra de D.A. Carson, tanto pela explicação da teologia de João, como a respeito de contexto histórico e cultural. Recomendo fortemente para professores de Escola Dominical e estudantes leigos.



21 de dezembro de 2018

Ironias do Tempo

Editora Companhia das Letras - Capa: Joana Figueiredo

Este é o mais novo livro que reúne crônicas de Luis Fernando Veríssimo, diligentemente garimpadas por uma mãe e uma filha: Isabel e Adriana Falcão. A proposta foi reunir crônicas dos últimos 20 anos que mostram como as coisas mudam - ou não mudam, e daí veio o título: Ironias do Tempo.

É um livro rapidinho de ler, que combina com o momento atual: mudança de governo, mudança de vida, e uma perenidade que não se pode combater. 

19 de dezembro de 2018

Lincoln in the Bardo

Editora Bloomsbury Publishing

O livro "Lincoln in the Bardo" ganhou o Man Booker Prize em 2017, e desde então comecei a ler muito sobre a genialidade de George Saunders, o autor. Não tem uma obra extensa, mas o que escreveu é muito elogiado. Até um discurso seu, como patrono de uma turma de faculdade, é incrível (nele, ele fala sobre a importância da gentileza - e eu não posso expressar o tanto que eu concordo com ele sobre isso).

Baseado no fato real da doença e morte do filho do presidente Lincoln, George Saunders cria uma ficção espetacular sobre pessoas que estão no "bardo", ou "limbo", após a morte. O início é muito louco, até você se localizar nesse universo fantástico que ele cria, mas depois, completamente inseridos, você se sente um espectador ali, presente, vendo tudo se desenrolar e torcendo pelo melhor.

É fantástico, é incrível, é espetacular.

Digno de prêmio pela experimentação literária, pela temática, e pela mensagem de esperança para o mundo. Não deixem de ler.

18 de dezembro de 2018

My Sunshine Away

Editora Bloomsbury Publising

O título do livro é poético: My Sushine Away, que foi traduzido como "Sonhos Partidos", já que não temos a referência a música tão clara, eu suponho. O livro mesmo começa com uma tragédia: o estupro nunca resolvido de uma adolescente, Lindy, a paixão secreta do nosso narrador. É um pouco doloroso ler sobre isso, e não é a única tragédia do livro - que aborda principalmente o crescimento e amadurecimento do personagem principal que não se identifica pelo nome.

M.O.Walsh contrói bem a narrativa, e dá um motivo plausível para toda a história - mas realmente o que mais me supreendeu é como um menino adolescente é bobo e simplesmente não tem noção das coisas ao seu redor. Quando eu comentei sobre isso com uma amiga, ela me respondeu: mas não somos todos nós bobos durante a adolescência?

17 de dezembro de 2018

I Capture the Castle

Editora St Martin Press

Esse livro está na lista dos 100 livros mais amados da BBC e dessa vez não decepcionou - é um livro adolescente? Sim. É um livro de época? Sim. Mas é muito bem escrito e não inocente ou ingênuo deamis. "I Caputre the Castle" é escrito como o diário de uma garota que vive num castelo, que seu pai arrendou numa época de prosperidade e agora, sem renda, não tem nem como manter. Ela tem uma irmã e um irmão, uma tia chata, e quando aparecem possíveis pretendentes ricos, é impossível não lembrar das irmãs Bennet, mas a história se desenrola completamente de outra forma, e não é uma tentativa forçada de se diferenciar. É o mesmo cenário inglês, mas uma época um pouco mais atual, e isso se reflete no posicionamento das jovens (e até da madrasta, que é a segunda esposa).

Eu gostei desse livro da Dodie Smith, um entretenimento fácil e leve, e fui procurar outros livros da autora, e não é que sua obra mais famosa é 101 Dálmatas? Que tem outra pegada, literalmente...



12 de dezembro de 2018

O Inferno dos Outros

Editora Companhia das Letras - Editora Alceu Chiesorin Nunes

Eu comprei esse livro depois que ouvi David Grossman falar numa entrevista. Judeu israelense, primeiro foi militar depois começou a escrever livros. "O Inferno dos Outros" é sobre um comediante de stand up. Realmente não é uma mistura que a gente vê todos os dias, então eu tinha que comprar o livro mesmo. (Comprei assinado, então valeu a pena mesmo tendo demorado anos para finalmente lê-lo. Eu aderi completamente aos livros digitais).

Nessa história, Dovale convida um amigo de infância para assistir ao seu show de stand up e dar um parecer sobre o que ele vê - um parecer técnico, de alguém que é um juiz aposentado, e passou a vida analisando as pessoas. Por mais estranho que seja - e por mais sem graça que seja (não é um livro engraçado, definitivamente) - é um livro emocionante sobre amizade e gentileza. Como você pode não entender outra pessoa, às vezes convivendo com ela quase que diariamente. Como é difícil ser gentil com as pessoas, se você as conhece ou não, e como a gentileza não é valorizada ao se ver acontecer - quando se é foco da atitude, pode marcar uma vida.

Eu gostei muito desse livro, mas sei que causa realmente uma estranheza, um desconforto. Mas será que não é isso que os bons comentários sarcásticos fazem? 

10 de dezembro de 2018

A Torre Negra

Editora Planeta - Capa

A Torre Negra é um livro para fãs do C.S. Lewis. A começar que a história que dá título ao livro não está completa. Há trechos faltando no manuscrito original. A história não acaba! E é uma ficção científica bem estranha. Eu fiquei com uma sensação de deja vu - de já ter lido ou visto um filme com a mesma proposta dessa história, mas não consegui identificar onde. (E reparem que há um livro mais famoso com o mesmo título do Stephen King).

Essa edição inclui "outras histórias" que são contos mais interessantes (mais curtos e com a grande vantagem de estarem completos). O que eu mais gostei foi um que coloca um mistério na lua, para onde já foram vários astronautas que nunca voltaram. Era um mundo mais mágico esse que dava para imaginar mistérios logo ali na Lua. (Agora eles não estão nem em Marte).

Eu realmente prefiro o C.S. Lewis não ficcional.

4 de dezembro de 2018

Pastoral Americana

Editora Companhia das Letras - Capa Ângelo Venosa
Philip Roth sempre esteve cotado para ganhar um prêmio Nobel - e aí ele morreu esse ano, e isso acabou não acontecendo. Um dos seus livros mais famosos é Pastoral Americana, e agora que eu o li, posso dizer que realmente merece a fama.

A história é ótima - e embora não seja recente - continua muito atual e pertinente, mesmo sendo um retrato da sociedade ali do meio do século XX para a frente. Um clássico. Um ponto de início de reflexão - sobre sociedade, preconceito, riqueza, relacionamentos, liberalismo, educação de filhos. Um exemplo de maestria em cunhar literatura - a forma da narrativa, o estilo, a fala de cada personagem é um primor. 

É um livro que flui, mas é um livro que também incomoda, e torna os personagens tão vivos como se a gente pudesse encontra-los nas páginas dos jornais. Hoje, em 2018. Quem puder, não deixe de ler.

2 de dezembro de 2018

How to Fall in Love

Editora Harper Collins

Cecelia Ahern começa zuando os livros de auto-ajuda que prometem ensinar alguma coisa - qualquer coisa - em alguns passos. A personagem Christine Rose tem obsessão por esses livros, e os coleciona aos montes, e planeja escrever o seu próprio um dia. Essa é a linha cômica da história.

Até que um dia, logo depois do seu divórcio e em sitação inusitada, ela encontra um carinha que, obviamente, é "O" cara perfeito, mas ela se coloca numa empreitada para ajuda-lo a reconquistar a ex. Tem mais detalhes nessa história, mas esse resumo e o estilo da autora já basta para perceber que teremos um final feliz, não?

A parte surpreendente para mim foi a abordagem do assunto sério do livro (essa literatura melhor para garotas sempre tem um assunto sério para dar peso emocional), que foi muito sensível e coerente. Recomendo muito essa jornada para descobrir como se apaixonar (acho que tem umas dicas boas mesmo).