16 de janeiro de 2019

Objetos Cortantes

Editora Intrínseca

Gillian Flynn definiu um estilo próprio de escrever livros de mistério, e é uma fórmula de sucesso - seja porque vendeu muitos livros, seja porque realmente consegue prender a atenção do leitor - é difícil parar de ler.

"Objetos Cortantes" não é tão bom quanto "Garota Exemplar", mas é uma ótima história, com uma personagem feminina com um histórico de problema psiquiátrico também, mas muito forte. O final também é surpreendente, bem ali, nas últimas páginas. Vale a pena como leitura de entretenimento.

13 de janeiro de 2019

The Hobbit

Editora Houghton Mifflin

Eu li "Senhor dos Anéis" em 2000, e embora eu tenha gostado bastante - de não conseguir parar de ler - ficou mais na categoria dos livros que eu admiro do que na categoria dos livros que eu amo. Talvez essa seja a melhor explicação para eu demorar tanto tempo para ler "O Hobbit" (ver os filmes, então, nem fale). Tudo tem o seu tempo certo, e agora eu achei esse livro encantador.

É uma história simples, sem tramas paralelas, e personagens mágicos e misteriosos e incríveis, que envolvem a leitura e transportam o leitor para o seu mundo fantástico. Embora não seja curto, é mais próximo de um livro infantil, não chega nem perto dos tijolos da trilogia mais famosa. J.R.R. Tolkien foi definitivamente o mestre dos mundos encantados, e com certeza essa aventura do Hobbit que viajou para ser um ladrão, mas voltou com muito mais do que poderia imaginar, é uma boa introdução ao universo desse autor.



7 de janeiro de 2019

The rest of us just live here

Editora Walker Books - Capa Erin Fitzsimmons

Eu comecei a ler "The rest of us just live here" e desisti. Era um livro sobre adolescentes, mais uma aventura com jovens mágicos e perseguidos numa cidadezinha no interior dos Estados Unidos. Eu cansei desse tipo de livro, então desisti. Aí chegou um outro momento (tipo férias) que eu queria ler algo leve, e eu resolvi encarar novamente esse livro - e dessa vez cheguei até o final.

Não que seja melhor ou mais interessante do que eu imaginei que seria, mas um mérito há: Patrick Ness realmente usa de auto ironia para colocar uma história dentro da história sobre jovens mágicos e perseguidos. O amigo do personagem principal é um neto de um deus-gato e tem poderes, então isso também é um detalhe inesperado.

Leiturinha fácil e realmente despretensiosa.


4 de janeiro de 2019

Em busca de Watership Down

Editora Planeta - Capa Sophie Eves

"Em busca de Watership Down" entrou na minha lista de leitura por ser um dos livros que aparecem nos 100 preferidos da BBC. Depois eu fiquei sabendo que era uma história sobre coelhos, que um pai contava para as filhas e não fiquei tão animada. (Um dos livros da BBC que também fala sobre animais humanizados era bem chato). Aí comecei a ler, porque vi que já tinha a série no Netflix.

E é espetacular!

No prefácio, o autor conta como gostava de inventar história para as filhas, e ao ler alguns livros tão toscos, achou que poderia fazer melhor, e a filha incentivou com a história dos coelhos. 

E que história!

Eu nunca me envolvi tanto com uma história com animais - humanos são mero coadjuvantes, e todo o contexto que Richard Adams criou: há uma "religião", há mitos, há um passado, as relações comunitárias e extra comunitárias são muito interessantes mesmo, fui surpreendida.

E que surpresa!

Fiquei com vontade de ler para as minhas filhas, fiquei com vontade de assistir a série com elas (após ler o livro), mas acredito que ainda não é o momento certo. Primeiro, porque a menor, com quase 4, não tem tanta concentração para livros sem figuras ainda. Segundo, porque é violento (e essa restrição é mais para assistir a série). Há lutas, derramamento de sangue, alguma tortura. Nada muito longe de filmes de heróis por aí, mas acho que é uma questão sensível para se abordar. 

De qualquer forma, espero que a série ajude a popularizar o livro aqui no Brasil, porque é realmente muito bom!