31 de dezembro de 2021

Top 2021

 Ficção

Sight - Jesse Greengrass

O Filho Eterno - Cristóvão Tezza

A Estrada - Cormac McCarthy

Precisamos falar sobre Kevin - Lionel Shriver


Não ficção

Saúde mental, gênero e dispositivos - Valeska Zanello

Deixe-me ser mulher - Elisabeth Elliot


Infantil

O B.G.A. - Roal Dahl

Peter Pan - J. M. Barrie

As Aventuras de Pinóquio - Carlo Collodi

Estatísticas 2021

2021 foi um ano de pandemia e vacina, ficar em casa e voltar aos compromissos sociais, de escola indo e voltando, de trabalho só cobrando, e muitos livros e séries.

Com relação a minha leitura:

- 73 livros lidos (igual ano passado)

- 19437 páginas (em média, são 53 páginas por dia, e livros de 266 páginas - isso caiu significativamente)

- 50 livros digitais - li muitos livros físicos que estavam aqui na fila

- 20 livros brasileiros, um record desde que começou o blog e estou feliz em ler mais livros de autores nacionais, principalmente contemporâneos

- 34 livros lidos no idioma original (português e inglês)

- 56 livros em português, 17 livros em inglês

- 41 livros escritos por mulheres

- 48 livros do presente século

Em gráfico:


Embora seja a mesma quantidade de livros, o número de páginas pode ser mais significativo de como esse ano eu li menos do que antes:


Consegui ser mais consistente em adquirir e ler livros relacionados às minhas metas (quase todas):


Embora esteja longe de completar qualquer uma delas, elas continuam sendo formas de procurar e ler bons livros, o que eu sempre recomendo a todos.

Um feliz ano novo cheio de leituras para vocês!






Amsterdam

 

Editora Companhia das Letras

Ian McEwan é um autor ótimo, que consegue criar um clima e construir uma história consistente e envolvente como poucos.

No caso de Amsterdam, temos o retrato de uma amizade entre dois homens. Há um pouco sobre política, jornalismo, composição e música, amantes e relações sociais, mas a história é mesmo sobre essa amizade cheia de ressalvas, que a princípio não parece nem amizade, mas não deixa de ser. Enquanto eles vão vivendo suas vidas, a princípio tão diferentes, o final mostra como eles são parecidos num aspecto crucial. 

Não é meu livro preferido do autor, mas é claro o motivo de ter ganhado o Booker Prize. 


30 de dezembro de 2021

Como manter a mente sã

 

Editora Objetiva

Depois de uma pandemia de quase 2 anos, "Como Manter a Mente Sã" parece um desafio prático para muita gente. Philippa Perry publicou esse livro em 2012 e, na linha dos outros do "The School of Life", é um livro que aborda temas complexos de forma honesta e simples, e continua atual e prático.

Embora seja explicada a importância e utilidade da terapia, são dadas bases claras na forma de teoria e exercícios para que a pessoa exercite um cuidado com sua saúde mental de maneira individual.  

São auxílios pontuais que podem ajudar no dia a dia, mas nada que resolverá uma crise ou um problema mais intenso. Mas não deixa de ser interessante disponibilizar o básico para tantas pessoas através de um livro.

Amsterdam

 

Editora Companhia das Letras

Eu gosto muito dos livros do Ian McEwan, gosto das histórias que ele inventa e também de como ele escreve - mas esse não é um dos livros dele que eu mais gostei. Há de se admirar pelos temas polêmicos que ele traz para Amsterdam, tudo em volta de uma amizade entre dois homens, mas ainda assim é uma história bem masculina, e eu sempre sinto falta de bons personagens femininos.

27 de dezembro de 2021

Garden Party and Other Stories

 

Edição de Domínio Público

Katherine Mansfield é uma escritora da Nova Zelândia do começo do século passado e ela retrata o cotidiano e as relações sociais das mulheres do seu tempo em breves contos. Eles são bem escritos, e a visão feminina sobre as mulheres é relativamente inédito para a época, mas são bem comuns para os dias de hoje. O interessante é a visão da época mesmo.

22 de dezembro de 2021

O vilarejo

 

Editora Suma das Letras

Raphael Montes escreveu essa história no que parece ser o Leste Europeu e eu sempre acho curioso quando autores brasileiros escrevem sobre outro país... mas por que não, certo?

O Vilarejo é uma série de contos que são independentes, mas também compõe um mistério maior, mas todos com seus aspectos de terror. Achei bem mediano, mas quem gosta de histórias que dão medo deve gostar mais.

19 de dezembro de 2021

Os Últimos de Nossos Pais

 

Editora Intrínseca

Mais um livro sobre a II Guerra Mundial, com um ângulo diferente: franceses são recrutados pelo Serviço Secreto Britânico para serem agentes secretos - eles passam por treinamentos intensos, tornam-se muitos amigos, quase uma família, e são encaminhados para missões separadas. 

É guerra, então obviamente não vai ser um livro feliz - embora eu realmente tenha torcido pelo contrário. Ainda por cima, lá pela metade, diferentes linhas da história se cruzam de uma forma que parece um pouco forçada - mas pode ser por causa do estilo rebuscado que o autor Joël Dicker usa de vez em quando.

Para quem gosta do tema, pode ser interessante - e é uma leitura rápida.

17 de dezembro de 2021

Jeito de Matar Lagartas

 

Editora Companhia das Letras

"Jeito de matar lagartas" é um livro de contos curtos, escrito por Antônio Carlos Viana, em sua maioria contemporâneos - homens, mulheres, jovens, idosos. Eu gostei particularmente de uma história de um senhorzinho fazendo aniversário e criticando tudo em sua cabeça. Levou-me a concordar que cantar parabéns depois de uma certa idade é algo realmente estranho.

No entanto, fiquei incomodada com alguns contos do ponto de vista feminino, como se fosse uma versão estereotipada de mulheres envelhecendo. Talvez elas estejam por aí, talvez a ideia era trazer luz para esse tipo de personagem, mas fiquei pensando se não é uma visão masculina, e precisamos de mais visões femininas do assunto. 


12 de dezembro de 2021

The Yellow Wallpaper

Kindle Edition

"O papel de Parede Amarelo", de Charlotte Perkins Gilman é um conto que acompanha uma mulher convalescendo de alguma doença num quarto - tcharanran - com um papel de parede amarelo. Estamos falando do final do século XIX, e aos poucos vamos vendo que é uma doença mental, mas a narrativa é criada para duvidarmos de que ela já estava doente antes, ou vai ficando louca com o isolamento.

É muito bem escrita e por isso que se trata de um clássico, além de claro, levar ao centro das atenções uma personagem feminina e seu sofrimento.


 

Nada me faltará

 

Editora Companhia das Letras

O livro de Lourenço Mutarelli - Nada me faltará - é escrito num estilo peculiar: só há o que os personagens falam, sem descrições, sem identificação de personagens, sem informações extras além do que você pode ouvir. 

A premissa da história também é muito interessante - um homem volta um ano depois de ter desaparecido da face da terra com a mulher e a filha, mas simplesmente não sabe o que aconteceu com elas - ou melhor - nem se importa com o que aconteceu com elas.

Dá para discutir tantas implicações a partir do que acontece, mas eu fiquei um pouco decepcionada com o final, mas acho que isso faz parte do fato de ter várias interpretações possíveis.

Life

 

Kindle Editions

Life, de Lu Yao, fala sobre um homem no interior da China e sua trajetória como jovem adulto - a perda de emprego para o filho de alguém mais influente, a volta para o trabalho braçal, e mais para frente duas possíveis candidatas ao seu coração, e o que o amor representa numa sociedade tão regulamentada ou controlada a fim de funcionar bem.

Escrito por um chinês, é uma forma de conhecer pequenos mecanismos da sociedade, que nem sendo turista seria fácil de observar. 



10 de dezembro de 2021

O silêncio da chuva

 

Editora Companhia das Letras

Luiz Alfredo Garcia-Roza parece nome de escritor espanhol ou de algum país hispano-hablante, mas é carioca e escreveu vários livros policiais com o personagem Delegado Espinosa, sendo que o "O silêncio da chuva" é o primeiro deles. Tem a pegada da sociedade brasileira (muito ricos, muito pobres), tem os policiais corruptos e os corretos, tem o Rio de Janeiro. É um bom entretenimento.