15 de novembro de 2010

Twenties Girl

Não tem jeito, eu adoro chick lit, livros para garotas fáceis e rápidos de ler. Esse eu até pensei que ia ser meio estranho - afinal é sobre uma garota que vê o fantasma da tia avó, quando ela tinha cerca de 20 anos (sendo que a mulher morreu com 104) - mas é bem bonitinho.
A tal da tia avó que é a "Twenties Girl", algo como a garota dos anos 20, e que está surpresa com o que o mundo se tornou - um monte de gente usando umas calças grosseiras azuis, "uma cor horrorosa". A questão é que a fantasminha está procurando um colar com uma libélula (esse da capa) e quer que sobrinha neta o encontre para que ela seja enterrada, ou melhor, cremada com ele. No meio do caminho, ela quer que outros desejos intermediários também sejam satisfeitos, e ela os pede com bastante teimosia.
E essa é a parte que eu achei muito interessante: por influência da tal tia avó, a garota (com seus quase 30 anos) faz coisas que nunca faria: como chamar um bonitão desconhecido para sair, se vestir com roupas dos anos 20 para ir a uma  festa importante do trabalho, e dançar no meio do bar. Tudo aceito com a prerrogativa: "E daí? eu não conheço essas pessoas que vão ver isso mesmo. Eu não ligo para o que eles vão pensar." Veja bem, ela não estava cometendo crimes, ela só estava fazendo coisas fora das convenções sociais. Para ela, agir diferente, acaba sendo libertador. Nós somos tão oprimidos pela sociedade mesmo? Mais do que pela nossa própria consciência? Ou é isso que chamam de senso comum mesmo?

Recomendo o livro, ele não é nem de perto filosófico assim, hahahahaha, mas eu gosto de histórias que me fazem pensar sobre o comportamento humano... Obrigada, Ju, pelo empréstimo!

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