24 de novembro de 2010

Eu sou o Ozzy

Não gosto de Black Sabbath. Não gosto de heavy metal. Aliás, não gosto de nenhuma música que o ser pareça estar gritando. Pior, gritando fino.
Mas acabei lendo esse livro. E gostando. Por quê?
Simples - marketing bem sucedido. Recebi um livreto com alguns capítulos e me interessei - mas não, caros leitores, não o comprei. Foi alugado mesmo.
O cara é louco, desde pequeno, e de uma infância pobre foi fácil cair na marginalidade (ele chegou a ser preso) e depois tentar a vida num emprego não convencional - cantor de banda, o que um dia viria a ser o Black Sabbath. Daí, é claro, uma vida de rock star clássico, muitas bebedeiras, drogas e mulheres.
O livro é em 1a pessoa, e logo no início, ele já avisa: depois de várias substâncias ilegais e legais, de cigarro, cerveja a cocaína e vicodin, é claro que a memória dele não é lá essas coisas, então pode ter vários erros e confusões nas histórias. Tranquilo, ainda é tudo muito divertido.
O que é surpreendente, ao menos para mim, é que ele não era satanista - as músicas e álbuns com referências ao diabo começaram como uma forma de chamar atenção e ninguém da banda seguia essa onda. Então quando eles começaram a ser cultuados e chamados para rituais, eles não gostava não. Eles gostavam mesmo era de cerveja.
O Ozzy deixa claro que não acredita em Satanás ou no Diabo, talvez alguma força da natureza.
Que irônico, não? Porque mesmo não tendo a intenção, sendo de brincadeira, muita gente deve ter sido má influenciada por eles.
Muito triste.
Ele conta também que se se arrepende de toda violência, principalmente por ter batido nas esposas (duas, inclusa a Sharon). Ele disse que essa culpa ele vai levar para o túmulo que tem coisas que não tem perdão.
Isso também é muito triste - principalmente para quem tem um Deus que perdoa.

Além disso, ele tem uma incrível tolerância a drogas, se tudo que ele conta é verdade mesmo, porque ter feito tudo aquilo sem nenhuma overdose ou algum outro tipo de consequência fatal, é bizarro.
Entre essas constatações e algumas risadas, por ele ser tão hipocondríaco, por ser tão sem noção, por ele ser tão autocrítico, por ele retratar um cenário rock que já mudou, eu recomendo. Vida real, ou quase, para ler pensando!

3 comentários:

  1. Eu acho o Ozzy muuuuuuuuito engraçado. Totalmente feio pela Sharon, a esposa dele. Assisti vários capítulos do seriado dele quando eu dava aula e é de morrer de rir.
    Taci, te mandei um selinho no meu blog...hehehehe
    Beijos,
    Tati
    http://comoagarrarummarido.blogspot.com/

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  2. Nossa, Taci, que eclética ! hehehe Mas deve ser interessante mesmo ler sobre alguém tão diferente assim...
    Beijinhos

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  3. Hahahaha... O Ozzy é um louco sequelado!
    Eu adorava o reality show mostrando o quanto ele é sequelado e engraçado! Morria de rir...
    Se não for pra comprar o livro, ok! Mas eu tb não pagaria por isso! heheheheh...

    http://www.rodasdenotape.blogspot.com/

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