Mostrando postagens com marcador lit. infantojuvenil. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador lit. infantojuvenil. Mostrar todas as postagens

22 de março de 2025

Sem Fôlego

 

Editora SM

O autor Brian Selznick escreveu o livro A Invenção de Hugo Cabret, que se tornou o filme, e esse "Sem Fôlego" vai na mesma linha: uma mistura de narrativa escrita e lindas ilustrações que complementam a história.

Nessa obra, há duas linhas temporais, do garoto protagonista e de sua mãe. Além disso, traz a cultura surda, de uma maneira muito delicada. É um livro lindo, de ler numa sentada só. Aqui li eu e a minha filha de quase 12 anos.

5 de janeiro de 2023

Princesas guerreiras

 

Editora Pallas

Sou completamente a favor por livros que recuperem, apresentem e inventem mulheres fortes para as crianças, porque elas sempre existiram - as princesas que não precisam ser salvas. Janaina Tokitaka é uma ótima autora de livros infantis, e este "Princesas Guerreiras" tem contos curtos de diferentes culturas, uma riqueza. 

1 de maio de 2022

O Jardim Secreto

 

Editora Martin Claret

Li O Jardim Secreto, da Francis Hodgson Burnett, com as minhas filhas de 7 e 9 anos e foi uma delícia. Os capítulos são curtos, e bastante descritivos, e não há muito o que acontece na trama, mas o livro não é enfadonho. Então acompanhamos a jornada de Mary da Índia para a Inglaterra e da solidão para a amizade e a família, empolgadas com os pequenos mistérios e expectativas criadas pela autora.

Assistimos o filme da década de 90 depois, e obviamente, o livro foi escolhido como muito melhor!

30 de maio de 2021

The Selected Works of T.S. Spivet

 

Editora Penguin

"The Selected Works of T.S. Spivet" do autor Reif Larsen é um livro lindo, uma edição bem feita, com desenhos, anotações na margem, setas e rabiscos próprios de um diário. Eu até achei que não tinha edição em português, mas achei o livro "O mundo explicado por T.S. Spivet", da editora Nova Fronteira, que procurou manter o design original, mas diminuiu a letra, e a qualidade do papel e da capa são claramente diferentes.

T. S. Spivet é uma criança claramente no espectro autista, com habilidades extraordinárias em geografia, mas dificuldade em ler algumas situações corriqueiras. Acredito que esse tipo de personagem é bastante atraente, por isso que temos tantos livros em que crianças fora do padrão são as protagonistas.

Nesse caso, o livro também foi adaptado em filme, "Uma Viagem Extraordinária" - que foi justamente a inspiração para meu marido me dar este livro.

O livro é lindo, a história é interessante, mas parece que falta algo, que fica um pouquinho antes de ser extraordinário. Acabei não assistindo o filme para não incorrer em comparações injustas, mas fico muito feliz de tê-lo na minha estante.

16 de maio de 2021

Eugênia e os Robôs

 

Editora Rocco

Eugênia é uma garota genial, como o nome diz, mas não é boa em se relacionar com outras pessoas, o que a deixa sem amigos. Então ela cria três robôs (com referências a Asimov!), e numa jogada do ensino fica só com eles no mundo. Há uma moral aí, já que se trata de um livro infanto-juvenil, mas acredito que o melhor é colocar uma personagem feminina nessa posição de cientista e engenheira.

"Eugênia e os robôs" é um bom livro de Janaina Tokitaka, que eu recomendo para crianças a partir de 8 anos, embora a minha filha de 6 anos acompanhou bem. 

7 de novembro de 2020

Princesas, bruxas e uma sardinha na brasa


 O que são contos de fadas?

Definitivamente não é necessário que apareçam fadas, mas eles são facilmente reconhecíveis pelos temas, um pouco de mágica e fantasia, a linguagem e o tamanho.

Neste livro de Helena Gomes e Geni Souza, temos contos de fadas contemporâneos - colocando as mulheres como protagonistas das suas próprias jornadas - atualizando algo da linguagem, mas sem quebrar o clima. Então, há Princesas, Bruxas e uma Sardinha na Brasa literalmente, e não celulares, maquiagem e decisões de carreiras, mas garantindo boas mensagens para as garotas - e, claro - os garotos também.

Boa literatura brasileira infantil!


24 de outubro de 2020

Os Imaginários

 

Editora Escarlate

É uma capa linda, não? Um desenho preto e branco granulado e o "mundo invertido" mais firme e seus encantos coloridos. Eu me encante com Os Imaginários assim, depois vi boas recomendações sobre ele.

Minha filha Anna, com 7 anos, começou a ler, mas não se envolveu. Quando eu peguei para ler, vi que um acidente seríssimo acontece logo no começo, e uma personagem é levada a pressas para o hospital e não sabemos se ela sobreviveu.

O livro de A.F. Harrold vai ficando bastante fantástico e emocionante, mas não é um livro de emoções simples. As ilustrações de Emily Gravett são bem bonitas - não só na capa, mas no interior também, que transbordam sobre o texto.



23 de maio de 2020

Diário de Pilar na Grécia


Editora Pequena Zahar - Projeto Gráfico Joana Penna

Eu sempre achei que, quando as minhas filhas começassem a ler livros interessantes sozinhas, eu iria conseguir lê-los também, compartilhando com elas esse novo mundo da literatura infantil, agora de um olhar adulto. Mas eis que a Anna chega nessa fase e a quarentena traz todo mundo para dentro de casa (inclusive o trabalho), e ela começa a consumir livros com uma velocidade impressionante, que não dá para acompanhar (a menos que eu abra mão dos livros de adulta que eu estou lendo). 

Assim, comecei a colocar os livros dela na minha lista, para ir acompanhando mesmo, e o primeiro foi esse: Diário de Pilar na Grécia, que ela ganhou da avó Rita de aniversário. Eu li em pouco mais de uma hora, de uma sentada só. 

A Pilar tem 10 anos, é filha única, mora com a mãe e o avô, e tem um amigo chamado Breno. O pai foi viajar um dia e não voltou mais. Um certo dia, ela deita numa rede mágica amarela e é transportada para a Grécia, para onde ela queria ir procurar o avô que tinha viajado  alguns dias antes. 

O livro é uma verdadeira aventura, em que Pilar faz amizade com um avô e uma neta gregos e também conhece seres mitológicos. O livro tem notas sobre mitologia e história, além de ser muito bem ilustrado, o que torna o livro educativo sem ser chato, sensível sem ser meloso.

Toda a série foca em viagens com atenção para assuntos relacionados a mitologia e religião, em lugares como Amazônia, China, Egito - todos esses 4 já lidos pela Anna, em poucos dias cada um (ela tem 7 anos e está no 2o ano).

Nessa jornada pela literatura, acabei levando-a também para o mundo dos blogs, então você pode ver a opinião dela sobre esse e outros livros em Leituras da Anna.

1 de julho de 2018

Harry Potter and the Cursed Child

Editora Scholastic

Finalmente, li "Harry Potter e a criança amaldiçoada" - o livro que não ia existir e, bem, praticamente não existe, já que é uma peça de teatro. Confesso que eu estava guardando - essa última expectativa de acompanhar a história do Harry Potter e os incríveis personagens que o rodeiam (não me venham com Bichos Fantásticos, que ainda não rolou uma motivação para ler o livro ou assistir a série. Não é HP sem HP).

Eu acredito que John Tiffany e Jack Thorne, os criadores da peça e do roteiro que envolveram J.K. Rowling nesse projeto, para nossa felicidade, fizeram um ótimo trabalho. A história, 19 anos depois, é ótima. Continua trazendo conflitos humanos num universo mágico, e também dá respostas ou sacia o apetite para os fãs que ficam remoendo revisitando a história original.

Eu fiquei obviamente muito curiosa para ver a peça ao vivo - deve ser algo realmente impressionante, porque as cenas descritas são realmente coisas de filme. Depois de Londres e NY, será que é uma peça que chegará aos mares brasileiros? Esperamos que sim!

27 de março de 2018

A girafa, o pelicano e eu

Editora Editora WMF Martins Fontes - Capa Kátia Harumi Terasaka

"A girafa, o pelicano e eu" é o quarto livro do Roald Dahl que eu leio esse ano, e o mais parecido com uma fábula, já que o foco é o relacionamento de um menino com uma Girafa, um Pelicano e um Macaco (não entendi porque ele não faz parte do título) que se tornam amigos e ajudam uma pessoa mal humorada e é recompensada por ela. Tem uma moral, tem uma graça, e tem assunto sério também já que os 3 animais da história tem uma empresa de lavar janelas, ou como usar as características e talentos naturais de cada um para fazer negócio.

10 de dezembro de 2017

Treasure Island

Editora Wisehouse Classics - Capa Louis Rhead

A ilha do tesouro é o clássico livro infanto-juvenil de pirata. Já tem mais de 130 anos, mas o apelo de buscar um tesouro escondido numa ilha e fazer fortuna não deixa de ser atual. Acredito que o livro de Robert Louis Stevenson funciona para os pré-adolescentes de hoje, no entanto com uma linguagem atualizada seja mais fácil de levar.

15 de outubro de 2017

Holes

Editora Yearling Books - Capa Brandon Dorman

"Holes" é um livro de Louis Sachar que virou o filme "O mistério dos escavadores" (embora o título do livro traduzido tenha se mantido "Buracos"). Como usual, eu não assisti o filme da Disney, mas gostei do livro. É uma história simples e bem amarrada de um garoto, cujo antepassado precisou de ajuda de uma cigana e não cumpriu sua parte no acordo, então foi perseguido por uma má sorte que passou de geração em geração. Aliás, é por isso que ele foi detido por um roubo que não cometeu e enviado para um "acampamento" ou "reformatório" com outros garotos cuja única função é fazer buracos num deserto o dia todo.

A história tem muitos flashbacks, para ir amarrando as tramas do que está acontecendo "agora" e o que aconteceu no passado dos personagens, e eu realmente gostei de como isso deixa tudo mais interessante, a ponto de irmos apostando o que vai acontecer em seguida, qual outro arco irá ser fechado entre passado e presente. Não é nada muito complexo também, nada de tramas intricadas, é um livro infanto-juvenil que estava na lista dos livros preferidos da enquete da BBC e por isso parou na minha lista de leitura e valeu a pena.

Atenção: no kindle unlimited há a versão do roteiro - rimado, inclusive - mas o livro original é em prosa.

3 de outubro de 2017

Harry Potter - The complete collection

Editora Pottermore - Capa Olly Moss

Olha o Harry Potter aqui novamente! Reli todos os livros, pela primeira vez em inglês, na versão digital. Continuam tão bons como aquelas memórias afetivas de bolo feito pela mamãe no lanche da tarde.

26 de novembro de 2016

The Girl Who Circumnavigated Fairyland in a Ship of Her Own Making

Editora Much-in-Little 

O livro de Catherynne M. Valente tem um título bem poético especialmente em inglês: The Girl Who Circumnavigated Fairyland in a Ship of Her Own Making (e a cena em que isso acontece é realmente significativa), a tradução da Editoria Leya não é exata: A Menina que navegou ao Reino Encantado no Barco que ela mesma fez, e está até errada com o que acontece (a garota chega na Terra das Fadas levada pelo vento criado pelo Leopardo).

Ler a história de uma menina levada pelo vento para a terra mágica de fadas, que recebe uma missão e faz as amizades mais diferentes é ter todo o tempo O Mágico de Oz pipocando na mente. Não é uma versão, mas parece quase uma homenagem, sendo, é claro, muito mais moderno: a garota, Setembro, se dá mal por diversas vezes, não sabe o que fazer, é enganada, mas sua integridade e inteligência a leva mais longe e lhe dá as saídas mais engenhosas, com ajuda dos amigos, claro.

O universo de Fairyland é bem complexo, com várias leis e criaturas diferentes e interessantes. Eu particularmente achei complexo demais, o que tornou o livro cansativo, mas entendo que terá apelo para muitas pessoas (por isso ganhou prêmios e há sequências publicadas) - para quem gosta, é um retrato de girl power, assim como O Mágico de Oz (a coleção completa, também tem a resenha nesse blog).

25 de julho de 2015

Anna and the French Kiss

Editora Usborne - Capa por Lindsey Andrews

Eu me atrai por esse livro graças ao nome - Anna e o beijo francês - não pela parte do beijo, ou pela parte francesa, mas sim pelo nome Anna, que eu acho lindo. E aí que é um romance adolescente, claro. É aquela história básica que toda adolescente gostaria que acontecesse com ela - vai para um colégio interno (a contragosto, claro, afinal se é moderna, etc, etc), em Paris (a cidade romântica por excelência), encontra um cara lindo e rico e popular e britânico e todos os adjetivos positivos possíveis (mas, para dar mais "verossimilhança", a autora encaixou um "defeito": é baixinho), que tem uma namorada (claaaaro, olha o drama), e ainda uma melhor amiga que também é sua amiga (ops, duas concorrentes!), mas no fim ele se apaixona mesmo por você (no caso, a Anna) (ops, spoiler surpreendente), e no fim fica tudo bem (ops, outro spoiler - mas sinto muito, se você não começa a ler um livro assim sabendo que no fim o mocinho fica com a mocinha, que mundo você vive?).

A questão é que não tem nada demais - é uma história simples, sem chamar a atenção para nenhum personagem em especial ou para o humor ou para a trama em si. Adolescentes vão amar (e talvez algumas pessoas mais velhas, claro), mas é para adolescente mesmo. A autora Stephanie Perkins tem mais livros inclusive com alguns personagens secundários desse livro, mas não me atraiu para ler outros livros dela. Gente, passei da idade. Eu li mais alguns livros de adolescentes que ainda vão aparecer aqui no blog, mas eu parei. Sério. Realmente não dá mais.


1 de maio de 2015

A mocinha do Mercado Central

Editora Globo - Ilustrações Laurent Cardon

O livro "A mocinha do Mercado Central" ganhou o prêmio Jabuti de melhor ficção em 2012, e ao le-lo é possível ver a característica inerente a maioria da literatura premiada: bem escrito, e um tanto quanto complexo (porque ser bom e simples é coisa de gênio mesmo). 

Stella Maris Rezende conta a história de Maria Campos, resultado do estupro de sua mãe numa viagem de ônibus, que mora em Dores do Indaiá, no interior de Minas Gerais. Ela resolve conhecer um pouco do mundo, muda para outras cidades, e assume novos nomes e identidades de acordo com eles - e é possível dizer que ao se tornar uma pessoa diferente, Maria está mesmo se auto-conhecendo. 

Esse é um livro infanto-juvenil para adolescentes, e acredito que com muito conteúdo para ser discutido numa sala de aula. Eu não consegui me envolver muito com o livro (eu me perdi sem saber se ela estava imaginando ou realmente vivendo algumas coisas), mas achei a história interessante e muito bem amarrada - além do fato, é claro, de apresentar vários nomes e seus significados, tema que eu adoro!

2 de novembro de 2014

Os três incríveis

Editora Moderna

No colégio que eu frequentava no primário (como chamava o ensino fundamental I no meu tempo), os livros para essa idade eram separados por série - 1a, 2a, 3a e 4a - a disposição das crianças. Um ano, não lembro qual, eu li o livro "Os 3 incríveis", da Stella Carr, e adorei: a história dos trigêmeos Leo, Lia e Lino, que eram pequenos e ruivos, e executaram vários planos para desacreditar o valentão da classe (que tinha repetido um ano e era maior que todo mundo). 

Eu gostei tanto da história que ficava com vontade de reler de tempos em tempos e quem me ajudava a achar o livro entre a "bagunça" que eram as prateleiras por série (sem indexação por autor ou título) era a bibliotecária - geralmente de um dia para o outro, porque não era fácil  achar um livro fininho naquela variedade de literatura infantil. Numa dessas fases de vontade de reler, a minha mãe comprou o livro e me deu de presente, assim sem motivo especial, e eu fiquei super feliz! 

Um dos pontos que eu mais gosto é da Lia cortar o cabelo curtinho para ficar igual aos irmãos e facilitar as brincadeiras de confundir que os 3 gostavam de fazer com as outras pessoas. Para mim, é um dos exemplos de que meninas e meninos são iguais para fazer o que quiserem. 

Assim, fico feliz de chamar minha segunda filha de Lia (sugerido pelo pai primeiramente), sem saber se ela vai ser levada ou meiga, gostar de boneca ou carrinho, se vai dançar ballet ou tocar violão, ou se ela vai ser levada E meiga, gostar de boneca E carrinho, dançar ballet E tocar violão. Ela vai ser o que quiser ser, e vai ser incrível, e é a vida dela que eu sempre vou ter vontade ler e reler. 

27 de agosto de 2014

A Droga da Amizade

Editora Moderna - Capa Jefferson Costa

E quando você menos espera - surge uma continuação da melhor série brasileira da sua juventude: os Karas. Pedro Bandeira lançou "A Droga da Amizade", que é um pouco do futuro da turma do Miguel, e um pouco sobre o início da amizade dos 5: Crânio, Calu, Chumbinho e Magrí - mencionando até Peggy, que surgiu só no quinto livro "Droga de Americana" - que tinha sido o último a ser lançado há mais de 15 anos (o primeiro, A Droga da Obediência, é de 1984).

Embora a fila para conseguir um autógrafo estivesse muito pequena para um autor tão fantástico como ele, foi legal ver uma garota, que talvez nem fosse nascida quando todos os outros livros foram publicados estar tão empolgada quanto eu de ter um novo livro e ainda conseguir falar com o Pedro Bandeira! Seus livros tem o tipo de apelo atemporal, não dá para soltar quando começa a ler, e você simplesmente não quer que acabe.

E sim, sim, sim, que venham mais!!!