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23 de abril de 2018
Somebody´s Luggage
Eu gosto muito do Charles Dickens, mas fazia muito tempo que esse livrinho, Somebody's Luggage, estava me esperando para lê-lo. Depois fui ler sobre ele na internet e parece que Dickens não escreveu todas as pequenas histórias que o compõem, mas convidou algumas pessoas para agregar seus contos sobre partes da "Bagagem de alguém". Certo é que eu gostei mais do início do texto, em que um mordomo encontra essa bagagem abandonada num hotel há anos - paga a taxa de armazenagem - para abrir e descobrir o que tem dentro.
Não é lá uma história fantástica, mas é Dickens - pelo menos parcialmente, até onde a internet diz.
3 de dezembro de 2016
Bleak House
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Domínio Público |
Eu realmente gosto do Charles Dickens, adoro sua maneira de contar histórias e construir personagens. Mas eu não fui fisgada por Bleak House, ou A Casa Soturna. O livro se arrastou por vários meses esse ano, e eu não simpatizei muito com a personagem principal, Esther, que é super boazinha e sofredora sem nunca reclamar de nada.
O que eu achei mais interessante é o retrato do sistema judicial da época, com o relato de um caso que se estende por tantas décadas que ninguém sabe qual era mesmo o conflito inicial, e ele tem tanto papel que quem se interessa por tentar resolvê-lo acaba ficando louco.
Ao pesquisar sobre esse livro, li que ele ajudou a mobilizar as pessoas por pedir reforma no sistema, e que realmente funcionou. Livros gigantes podiam ser o facebook de uma época.
16 de dezembro de 2014
Oliver Twist
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Editora Penguin |
Eu resolvi reler Oliver Twist, porque o Charles Dickens é um dos meus autores favoritos. Gosto da atmosfera inglesa de seus livros, da humanidade dos seus relatos, de suas histórias de crise e redenção.
Eu nem lembrava a primeira vez que tinha lido esse livro, mas algumas peças do musical que eu assisti em Londres há 4 anos ainda estavam na minha memória e foi interessante reviver o livro com essa experiência.
Eu escutei a maior parte desse livro, sendo lido para mim pelo kindle enquanto eu dirigia, e aí está uma boa dica para quem acha difícil ler Charles Dickens no original por causa da fala coloquial dos seus personagens. Pronunciar alto o que está escrito para perceber a similaridade com palavras mais conhecidas do vocabulário...
24 de maio de 2013
Charles Dickens' Children Stories
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Edição digital - Amazon |
Esse livro parece uma pegadinha, basicamente por causa do seu título: "Charles Dickens' Children Stories", que poderia ser traduzido como histórias para crianças de Charles Dickens. Mas a melhor tradução seria: "Histórias de Crianças de Charles Dickens", porque reúne histórias curtas sobre crianças, muitas delas personagens principais de outros livros (como David Copperfield), que não são próprias para crianças como você pode esperar. Na maioria das vezes, as crianças são pobres, doentes e morrem no final. (Resumindo assim é bem triste, mas há histórias lindas com essa linha geral).
Além disso, essa edição digital tem uma pequena introdução que só menciona: "histórias de Charles Dickens recontadas por sua neta". Oi? O autor não é Charles Dickens? A verdade é que fora alguns contos que eu sei que são originais, os "resumos" de outros livros (como Grandes Esperanças) são bem estranhos, fica aquela impressão de trabalho escolar mesmo e não obra de um gênio como Dickens.
Ou seja, nem de graça, nem sendo fã do Charles Dickens compensa ler esse livro, muito mal explicado.
5 de agosto de 2012
Our Mutual Friend
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Editora Wordsworth |
É claro que eu acabei de ler esse livro e estou altamente impressionada, e você pode argumentar que é uma escolha precipitada, mas posso dizer que o meu personagem preferido de Charles Dickens é Jenny Wren, do livro "Nosso amigo comum"? Ela é totalmente adorável, e eu ficava alegre toda vez que ela aparecia na história, para ver seus comentários perspicazes e engraçadinhos, sua visão de mundo que traz muito do que ela é, uma história que entendemos aos poucos, através da sua relação com seu "filhinho" (na internet, descobri que há trabalhos de psicologia inteiros a partir dela). Jenny também tem uma profissão muito peculiar: é estilista de boneca - ela vê os vestidos na saída dos teatros e na entrada das festas, e reproduz com perfeição em suas pequenas clientes, que são muito apreciadas na sociedade londrina. Jenny Wren é um amor e eu me apaixonei por ela, um dos pontos altos desse enorme livro.
"Nosso amigo comum" é a última obra completa de Charles Dickens, e foi publicada em capítulos ao longo de 18 meses, e eu achei o começo bem lento - vários personagens são apresentados com detalhes, várias histórias são abertas, como sempre, sem muito explicar para o leitor como elas vão se entrelaçar lá na frente. Logo em seguida, estamos torcendo para o mocinho e a mocinha, com raiva de outros personagens, totalmente envolvidos com a vida dessas pessoas. Justamente por ter personagens muito reais, Dickens faz críticas a sociedade inglesa e uma discussão sobre a relação com o dinheiro e os valores humanos, algo extremamente atual em qualquer lugar do mundo capitalista.
Para completar, é esse mesmo que Desmond, de Lost, carrega para cima e para baixo para ser o seu último livro antes de morrer. Vou dizer, pessoal, que ele realmente precisava ser avisado com antecedência sobre a a ocasião, porque ele tem 500 páginas. Mas é para morrer feliz.
* Eu li esse livro no Kindle, em inglês, de graça. Não conheço versão em português desse livro, infelizmente.
* Eu li esse livro no Kindle, em inglês, de graça. Não conheço versão em português desse livro, infelizmente.
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9 de fevereiro de 2012
As Aventuras do Senhor Pickwick
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Editora Vintage |
O primeiro livro que eu li de Charles Dickens foi As Aventuras do Senhor Pickwick, lá pelos meus 12 anos. Era enorme e antigo, mas foi recomendando por uma amiga (da mesma idade) como sendo divertido, então eu encarei e não me decepcionei. A história é leve e tem o personagem mais engraçado do Dickens, Sam Weller.
O rico senhor Pickwick do título mantém um clube, que não é bem explicado, mas é como uma associação de amigos que trocam ideias sobre a vida em geral (registrando tudo em documentos, os papéis do título em inglês que foram lidos para recontar a história pelo narrador). Este é o mote para colocar em foco e satirizar a sociedade interiorana, a política inglesa, a prática de jornalistas, advogados, pastores e médicos, além de, é claro, os relacionamentos humanos amorosos. No entanto, a narrativa é de um ponto de vista inocente - para não dizer, cínico - em que mesmo bebedeiras (não poucas!) são descritas de uma forma isenta, deixando que a crítica seja formada em nossa mente.
Mas quem rouba a cena mesmo é Samuel Weller que aparece num capítulo como engraxate e faz tanto sucesso que, (como nas novelas atuais), foi promovido a personagem principal ao ser contratado como criado pessoal do Sr. Pickwick. Ele e seu pai tem o tal do sotaque cockney das ruas de Londres (trocam "v" por "w" e vice-versa) e falam frases de sabedoria sobre tudo com uma estrutura particular que, por causa deles, são chamadas de "Wellerismos" (vou citar em inglês, com uma tradução simplificada para português):
“Sorry to do anythin’ as may cause an interruption to such wery pleasant proceedin’s, as the king said wen he dissolved the parliament,...”
"Desculpe-me fazer qualquer coisa que pode causar interrupção a procedimentos tão prazeirosos, como disse o rei quando ele dissolveu o parlamento,..."
"Ven you’re a married man, Samivel, you’ll understand a good many things as you don’t understand now; but vether it’s worth goin’ through so much, to learn so little, as the charity-boy said ven he got to the end of the alphabet, is a matter of taste."
"Quando você for um homem casado, Samuel, você vai entender um monte de coisas que você não entende agora, mas se é válido passar por tanto, para aprender tão pouco, como disse o estudante de bolsa quando ele chegou ao final do alfabeto, é uma questão de gosto."
Gostei muito de reler esse livro, e recomendo para quem quiser começar com algo leve (em conteúdo, não em papel impresso) de Charles Dickens.
7 de fevereiro de 2012
Charles Dickens
Hoje em dia, há muitos filmes e peças baseadas em suas obras, como Grandes Esperanças, David Copperfiel, Um Conto de Duas Cidades e Oliver Twist. Quem não conhece também os contos de Natal, com o fantasma do Natal Passado, o Natal Presente e o Natal Futuro, que teve adaptações desde Jim Carey até Mickey Mouse?
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Charles Dickens |
Hoje, 7 de fevereiro, Charles Dickens faria 200 anos. Ele nunca chegaria a essa idade, mas nada como números redondos para celebrar a obra do autor inglês tão fantástico e incentivar a leitura dos seus livros. Até o Google entrou na onda fazendo um doodle lindo com os seus personagens:
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Embora hoje Dickens seja um clássico, em sua época, era um autor popular: suas histórias saíam em fascículos e eram lidas como novela. Seu sucesso cruzou o Atlântico e ele chegou a viajar para os Estados Unidos, fazendo palestras. Os livros retratam a sociedade britânica do século XIX e particularmente a camada mais pobre da população, que convivia com o trabalho infantil e as prisões por dívidas. Mesmo assim, as histórias possuem um lirismo incrível, com descrições sensíveis e com muitas comparações - é como se você pudesse sentir o ambiente, ver as pessoas, em total sinestesia.
Hoje em dia, há muitos filmes e peças baseadas em suas obras, como Grandes Esperanças, David Copperfiel, Um Conto de Duas Cidades e Oliver Twist. Quem não conhece também os contos de Natal, com o fantasma do Natal Passado, o Natal Presente e o Natal Futuro, que teve adaptações desde Jim Carey até Mickey Mouse?
Durante esse ano, vou reler e recomendar livros do Dickens para vocês. Quem sabe assim você também encontra um dos seus favoritos?
12 de maio de 2010
Um conto de duas cidades
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Editora Penguin |
Quem assiste Friends, talvez lembre do Joey, se preparando para a audição para uma peça de teatro, que se chamava "Um conto de duas cidades" e ele resolve cantar "New York, New York" e "Chicago".
Para entender a piada, é preciso conhecer esse livro aqui, do Charles Dickens, outro grande autor inglês, que retratou sua época maravilhosamente.
Seus livros me encantam, e embora sejam bem menos românticos que os da Jane Austen, em geral, são verdadeiros tratados sobre a vida, e os relacionamentos humanos.
As cidades aqui são Londres e Paris, e nós vamos de uma para outra hoje, de trem rápido, por baixo do Canal da Mancha (feito que o Dickens nem deve ter sonhado com...)
Esse livro é sobre a revolução francesa, e vidas que acabaram entrelaçadas nessa teia de crise política e ideologia. É um dos meus livros preferidos, uma delícia de ler. Um trecho para vocês verem (do original, que é o que eu tenho):
"It was the best of times, it was the worst of times, it was the age of wisdom, it was the age of foolishness, it was the epoch of belief, it was the epoch of incredutility it was the season of Light, it was the season of Darkness, it was the spring of hope, it was the winter of despair, we had everything before us, we had nothing before us, we were all going direct to Heaven, we were all going direct the other way - in short, the period was so far like the present period, that some of its noisiest authorities insisted on ots being received, for good or for evil, in the superlative degree of comparison only."
Não é ótimo ler alguma coisa assim tão bem elaborada, que é quase uma poesia em prosa?
De Charles Dickens, recomendo também David Copperfield, sobre um garoto órfão que se vira muito bem na vida, Contos de Natal (que já foi muitas vezes filmes infantis - em que os espíritos do Natal passado, presente e futuro aparecem para o Scrooge, sinônimo de mesquinhez), Tempos Difíceis, sobre trabalhadores de fábricas, e o lindíssimo Grandes Esperanças que tem aquele filme todo verde e uma história emocionante. Aliás, essa é uma especialidade do Charles Dickens que me fascina: ele começa uma história com vários personagens, aparentemente independentes, seguindo seu curso, e quando você vê, eles estão todos relacionados e afetando a vida uns dos outros... De uma maneira muito natural e plausível, sem forçar a barra ou a sua imaginação...
Está esperando o quê? Vai ler Dickens!
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