12 de maio de 2010

Um conto de duas cidades

Editora Penguin
Quem assiste Friends, talvez lembre do Joey, se preparando para a audição para uma peça de teatro, que se chamava "Um conto de duas cidades" e ele resolve cantar "New York, New York" e "Chicago".
Para entender a piada, é preciso conhecer esse livro aqui, do Charles Dickens, outro grande autor inglês, que retratou sua época maravilhosamente.

Seus livros me encantam, e embora sejam bem menos românticos que os da Jane Austen, em geral, são verdadeiros tratados sobre a vida, e os relacionamentos humanos.

As cidades aqui são Londres e Paris, e nós vamos de uma para outra hoje, de trem rápido, por baixo do Canal da Mancha (feito que o Dickens nem deve ter sonhado com...)

Esse livro é sobre a revolução francesa, e vidas que acabaram entrelaçadas nessa teia de crise política e ideologia. É um dos meus livros preferidos, uma delícia de ler. Um trecho para vocês verem (do original, que é o que eu tenho):

"It was the best of times, it was the worst of times, it was the age of wisdom, it was the age of foolishness, it was the epoch of belief, it was the epoch of incredutility it was the season of Light, it was the season of Darkness, it was the spring of hope, it was the winter of despair, we had everything before us, we had nothing before us, we were all going direct to Heaven, we were all going direct the other way - in short, the period was so far like the present period, that some of its noisiest authorities insisted on ots being received, for good or for evil, in the superlative degree of comparison only."

Não é ótimo ler alguma coisa assim tão bem elaborada, que é quase uma poesia em prosa?

De Charles Dickens, recomendo também David Copperfield, sobre um garoto órfão que se vira muito bem na vida, Contos de Natal (que já foi muitas vezes filmes infantis - em que os espíritos do Natal passado, presente e futuro aparecem para o Scrooge, sinônimo de mesquinhez), Tempos Difíceis, sobre trabalhadores de fábricas, e o lindíssimo Grandes Esperanças que tem aquele filme todo verde e uma história emocionante. Aliás, essa é uma especialidade do Charles Dickens que me fascina: ele começa uma história com vários personagens, aparentemente independentes, seguindo seu curso, e quando você vê, eles estão todos relacionados e afetando a vida uns dos outros... De uma maneira muito natural e plausível, sem forçar a barra ou a sua imaginação...

Está esperando o quê? Vai ler Dickens!

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