20 de junho de 2012

The Downing Street Years

Editora HarperCollins
Que eu adoro a Inglaterra e - quase - tudo relacionado é um fato. Mas o que me levou a ler esse livro da Margaret Thatcher, "Os anos em Downing Street", foi obviamente o filme da Meryl Streep e seu retrato de uma mulher líder, que obviamente eu ainda não assisti, porque já que eu comecei a ler o livro, que eu acabe antes de ver uma versão cinematográfica, certo? E isso demorou várias semanas porque esse livro é enorme e levemente intragável dadas as altas doses de política britânica que contém.

Primeiro, vamos deixar claro que eu não entendo nada de política e tenho bem pouco interesse no assunto, ou seja, não me arrisco a dizer que eu concordo ou apoie as ideias dela, ou que possa julgar suas decisões, mas uma coisa é fato: admiro a sua integridade em seguir suas convicções. Nesse livro, ela apresenta suas ideias de conservadora aparentemente pura (no sentido capitalista da coisa) de maneira aplicada em todas as situações que enfrentou como primeira ministra: da greve dos mineiros a disputa das Falklands, das negociações bélicas com a URSS a negociações econômicas dentro da Comunidade Europeia, no trato com a dissidência na Irlanda do Norte às privatizações de praticamente tudo.

Embora ela fale muito sobre sua atuação política, o que eu gostava era quando seu lado feminino aflorava - num comentário sobre a roupa para um evento  ou a decoração da residência oficial na Downing Street. Também achei interessante o fato de ela se preocupar em dizer que a Rainha não tem uma posição de fachada somente, Thatcher fazia reuniões semanais com ela, e disse que não tem como não valorizar a experiência de alguém que esteve tão perto do poder por décadas.

Gostei de aprender um pouco sobre o panorama mundial na década de 80, sabendo que se trata de uma versão da história completamente parcial. Mas é história, que construiu com certeza esse mundo como conhecemos hoje.

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