5 de novembro de 2011

Something Borrowed

Editora St. Martin's Griffin
Em inglês, existe a expressão: "something old, something new, something borrowed, something blue" ou "algo velho, algo novo, algo emprestado, algo azul", que a noiva deve levar no casamento para ter sorte. O título desse livro, e também um filme, perdeu parte da graça e do sentido quando traduzido para o português, e virou: "O noivo da minha melhor amiga". Mas aí dá para entender quem está "emprestando" algo sem saber é a própria noiva, e se trata do noivo para a sua melhor amiga.

O que é mais difícil é que há todas as justificativas possíveis: a amiga e o noivo se conheceram antes e eram amigos, depois ele começa e namora por anos a amiga, que na verdade é uma egocêntrica não tão amiga assim, eles sentem coisas que nunca sentiram antes por mais ninguém. Mas existe a preocupação em magoar a noiva, terminar a amizade e ficam meses de impasse...

O que eu não entendo, e nunca entendi mesmo, é como alguém acha que esconder que engana uma pessoa traindo-a com outra (sendo namoro ou amizade) é uma forma de proteção a essa "terceira". Eu acredito que a pessoa só quer se resguardar de um conflito e de ter que aceitar as consequências, geralmente públicas, de terminar um namoro ou uma amizade, para ficar com quem "se ama". (E "amor" entre aspas mesmo, porque eu acredito que amor não se esconde). 

Esse assunto é mega polêmico e eu só queria compartilhar a indignação com a qual eu li o livro ao acompanhar esse triângulo amoroso. O final é esse mesmo que você imagina, super previsível, mas eu achei um pouco decepcionante, como um antí-clímax mesmo. Alguém assistiu o filme e gostou?

2 comentários:

  1. Concordo com o 3o parágrafo... hehehe

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  2. Sou suspeita, querida, pq sempre crio um mínimo de carinho por personagens advogadas que trabalham demais... Mas ainda que me identifique com esse aspecto, não entendo nenhum dos outros... Não entendo como alguém pode ter como "melhor amiga" alguém tão "nociva" e nunca ter se rebelado (o que não é condizente com a realidade das advogadas trabalhadoras, que brigam quando se sentem lesadas, rs!) e só resolver ter essa "epifania" de libertação num relacionamento com o noivo dela (que é um babaca covarde, que se passa por charmoso)... Não entendo como dá pra ter estômago pra ficar numa relação sendo a outra... Enfim, não morri de amores tb, mas... Serve pra discussão. O filme é bobinho, acho que pega mais leve na questão da traição (é pra hollywood, né?)!

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