26 de novembro de 2011

Dear John

Hachette Book Group
Este é terceiro livro que eu leio do Nicholas Sparks e o estilo fica cada vez mais evidente. Histórias com uma alta carga emocional, em que há o romance mas também algum conflito paralelo de outro gênero, um personagem paterno terá certo destaque, e, claro, por que não?, uma lição de moral. Em "Querido John", há também um componente fortemente contemporâneo, que é queda das torres gêmeas e a guerra do Afeganistão.

Eu pensei em assistir o filme depois que eu li o livro e tive a "sorte"de falar com duas pessoas que não gostaram dele, então, oras, deixa para lá... Só pela capa do livro, cartaz do filme, dá para saber que algumas modificações foram feitas, já que a Savannah do livro é morena (descrita especificamente com cabelos escuros) e lá temos a Amanda Seyfried loiríssima. De qualquer forma, podem não ser as alterações do filme que o tornam chato, mas justamente alguns pontos da história que não criam empatia com o leitor... Por exemplo, eu nem me emocionei a ponto de chorar...

E aí vem os spoilers...

Na história, John e Savannah se conhecem, se apaixonam instanteamente, se identificam como "o amor da minha vida". A questão é que ele está servindo ao exército por mais 1 ano e meio na Alemanha, então eles precisam ficar separados. A ideia é ele acabar o serviço e ela a faculdade, para depois ficarem unidos para sempre. Depois, acontece 11 de setembro e ele resolve se alistar por mais 2 anos, ou seja, mais tempo de espera do qual, obviamente, ela cansa e manda a tal da carta do Querido John. Nesse processo, ela se apaixona por alguém mais perto e acessível, com o qual ela se casa. Ele, porém, nunca deixa de amá-la. (E esse é o meu comentário sobre amor: você decide amar. E parar de amar. O frio na barriga sempre passa. E volta periodicamente. Ou não. Mas o amor pode ficar).

 Por mais que a gente possa torcer para um final entre os dois, principalmente quando o marido dela fica super doente, e você, amoralmente mesmo, espera que ele morra para que o pobre do John tenha sua chance, isso não acontece. O tal do John dá toda sua fortuna (parte da trama paralela) para que o cara tenha um tratamento experimental que, claro, funciona. E pronto. John para um lado, Savannah para outro, e teoricamente um amor entre eles que dura para sempre independente do que houver, e, infelizmente, não é o que queremos ver num romance. Acho que se um deles morresse, a gente teria a mesma sensação de falta de saciedade, mas com uma justificativa boa, não só o fato de que ela cansou de esperar e casou com o vizinho amigo sem ter por ele o mesmo sentimento que ela uma vez nutriu pelo John ou sem ao menos perder o sentimento que teve por ele.

Fiquei com uma impressão meio assim desse livro mesmo, um misto ... O que vocês acharam?

2 comentários:

  1. Ai, não sei, não consigo gostar de Nicholas Sparks, eu sempre sinto que ele está insultando minha inteligência. Mas adoro suas resenhas.

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  2. Esse vc não me emprestou... Hahahah
    Beijos, Debo

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