13 de agosto de 2011

A máquina de fazer espanhóis

Editora Cosac Naify - Capa Lourenço Mutarelli 

Tem gente que escolhe o livro pela capa, tem gente que escolhe o livro pelo título, tem gente que escolhe o livro pela crítica que leu no jornal ou na revista. Nesse caso, eu escolhi pelo autor - victor hugo mãe - assim, em minúsculas, misturando uma sumidade da literatura mundial com um substantivo tão comum (que todo mundo tem). Para quem não conhece, valter hugo mãe é angolano e causou sensação na última Flip - recebendo declarações apaixonadas de quem o ouviu falar português de Portugal. Ele já foi premiado pela Fundação Saramago, sendo que o próprio o elogiou muito enfaticamente. Assim, não perdi a oportunidade de comprar esse livro, com um título tão inusitado, numa promoção na internet (elas não são maravilhosas?).

Embora até tenha a sinopse na orelha do livro, resolvi ler A máquina de fazer espanhóis sem saber nada sobre a história antes, e foi muito bom. É claro que o resumo do livro ajuda na hora de decidir se vamos o ler ou não, mas também é mágico poder ser levado pelo autor, como numa peça, em que cada momento traz um novo personagem, uma nova situação. Então, realmente, não contarei nada da história para vocês - é uma motivação para que vocês leiam o livro e sejam surpreendidos e seduzidos por ele.

Incrivelmente, eu estava quase às lágrimas no primeiro capítulo.

A história nos leva numa montanha russa de sentimentos, o que causa um estranhamento muito grande - gosto ou não gosto? entendo ou não entendo? dou risada ou me ofendo? como nos posicionamentos frente ao que o autor propõe? Não é um enredo simples, é uma jornada a alma humana.

valter hugo mãe escreve só em minúsculas, diálogos no meio do parágrafo, sem indicação de quando o personagem está pensando, está falando, ou mesmo quem é que fala - lembra alguém? Demoraram algumas páginas até eu notar que os únicos sinais de pontuação eram vírgulas e ponto finais - as exclamações e interrogações são totalmente implícitas, e eu adoro esse tipo de autor que brinca com a linguagem, ela não é só o meio da história, mas também arte em si.

Acabo por aqui antes de revelar algum detalhe - mas termino ressaltando que recomendo e empresto, é claro.

5 comentários:

  1. eu, eu, eu.
    acabei o peixe dourado, e falando em sinopses, quando eu li a desse livro pela primeira vez, achei realmente que era a história de uma peixe.
    agora só falta acabar aquele da agatha, gigante...
    beijos, debo

    ResponderExcluir
  2. e eu pensei... a mãe do vitor hugo que escreveu? dã...
    Mais do que qualquer livro eu gosto mesmo é de ler seus posts!!! ;)

    bjs mocinha
    sdd

    ResponderExcluir
  3. big fail! o autor é VALTER hugo mãe. não victor.

    ResponderExcluir
  4. Nossa! É mesmo, obrigada, estou corrigindo agora!!!

    ResponderExcluir
  5. Oláa!!!
    Achei seu blog e já favoritei!!
    Lemos essa linda obra no clube de leitura da minha cidade Santa Maria-RS.
    sE PERMITE.. vou linkar a resenha que fiz no meu blog, onde tb reúno o apreço e respeito por esse autor português! Sou fã!!
    http://companhiadepapel.blogspot.com.br/#!/2013/04/a-maquina-de-fazer-espanhois-valter.html

    bj camilla

    ResponderExcluir