26 de agosto de 2011

The Chamber

Island Books
Muitos de vocês devem conhecer Jonh Grisham, o maior autor de ficção "jurídica" dos Estados Unidos, se não pelo seus livros, pelo menos pelas várias adaptações para o cinema como A Firma, O Cliente, Dossiê Pelicano e inclusive deste que eu comento agora - "A Câmara" ou "The Chamber".

Não que eu seja especialista na área, e para isso eu tenho as rodantes para me corrigirem, mas todo o sistema judiciário nos EUA parecem muito mais emocionantes que aqui. Julgamento concorridos, escolha de júris, proteção de testemunhas, brigas homéricas, conspirações e a pena de morte. É como se tivesse um caso Nardoni por mês. Se não for essa a diferença, o Jonh Grisham realmente sabe escrever bem sobre o assunto para atrair a atenção de alguém em qualquer lugar do mundo.

Esse livro especificamente é sobre um homem que está no corredor da morte, nas últimas 4 semanas antes da execução da sentença: morte na câmara de gás. O seu crime foi a explosão de uma bomba que matou os gêmeos de cincos anos de um advogado judeu no Mississipi que defendia negros, no auge da disputa racial. Ele é identificado como participante do Ku Klux Klan, um grupo que defendia a total segregação dos negros, muitas vezes atuando violentamente contra seus opositores (ou aquela galerinha que se vestia de branco e tinha aqueles chapéus cônicos esquisitos).

O neto do réu, que descobre quem é o avô, já preso, na adolescência (seu pai tinha mudado de estado e identidade pouco após o crime), resolve fazer direito e tentar salvá-lo, assim aos 15 min da prorrogação - para descobrir mais sobre suas origens, por uma questão de sangue, por uma razão que nem ele mesmo sabe definir.

O livro prende o leitor, seja pelo ritmo ou pelo conteúdo mesmo da narrativa. Passa por temas polêmicos como a questão racial no sul dos Estados Unidos, alcoolismo, a ética da pena de morte, justiça de homens e justiça de Deus, podendo ser um bom ponto de partida para debates sobre esse assuntos - numa mesa de bar com os amigos, nada muito profundo, afinal, se trata de um livro de entretenimento. Não propriamente leve, todavia ainda sim, de entretenimento.

2 comentários:

  1. Engraçado que esse é o único livro do John Grisham que eu já li na vida e vc comentou justo sobre ele... rs
    Eu gostei da crítica social que ele faz ao falar do preconceito racial, da segregação na história norte-americana, etc. mas não me empolguei muito no começo, só quase no finzinho do livro então não acho que lerei outro livro dele tão cedo, mas valeu a pena ter conhecido.

    Bjus!

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  2. É isso que vc falou mesmo. Eu gosto de ler Grisham quando quero algo light mas não frívolo, algo que te faz sentir sem ter que pensar demais. John Grisham é meio-termo, escreve livros para virarem filmes, mas acho suas história legais. Recomento O Advogado, tb muito bom. :D

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