28 de setembro de 2010

O grande abismo

Esse livro do C.S. Lewis é uma ficção - uma historinha sobre o céu e o inferno, e diálogos entre almas perdidas e salvas. Ele é bem cuidadoso ao afirmar que ele não está propondo ou teorizando sobre como vai ser a nossa vida pós-morte, o conto (curto mesmo) é mais uma forma de fazer uma ginástica mental sobre o tema, com base, claro, no cristianismo e na Bíblia.
Ele não vai definir o que é salvação e porque uns estão de um lado e outros de outro, mas a partir dos diálogos é possível deduzir.
Para os espíritos no céu, Deus é o foco, o propósito, fonte do verdadeiro Amor, que satisfaz e alegra completamente. Para os espíritos no inferno, outros detalhes borram a visão.
"Houve homens que se interessaram de tal forma em provar a existência de Deus que acabaram desinteressando-se por completo do próprio Deus... como se o bom Deus nada tivesse a fazer além de existir! Houve alguns tão preocupados em tornar o Cristianismo conhecido que jamais pensaram em Cristo."
 Gostei muito da parte que fala de uma mãe, obsessiva por seu filho que morreu ainda jovem, e que acha que aquilo é amor, e se defende atrás do argumento que instinto maternal é natural, e por consequência, correto.
"Deus queria que seu amor de mãe puramente instintivo pelo filho (as tigresas partilham desse sentimento, você sabe!) se transformasse em algo superior. Queria que você amasse seu filho como Ele compreende o amor. Não é possível amar um semelhante perfeitamente até que se ame a Deus."
C. S. Lewis realmente é um gênio da palavra e do entendimento da palavra de Deus.
" Há dois tipos de pessoas: as que em submissão e amor, dizem a Deus: seja feita a Tua vontade, e aquelas a quem o própio Deus diz: seja feita a sua vontade."

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