23 de novembro de 2013

Bíblia - You Version


"You Version" é um aplicativo com o texto da Bíblia disponível em vários idiomas e várias versões, super prático para ter no celular ou no tablet. O que eu achei mais legal é que tem vários planos de leitura: temáticos, que reúnem passagem bíblicas sobre um assunto, ou para ler a Bíblia toda de acordo com sua disponibilidade - um mês, seis meses, um ano...

Eu li o plano de seis meses, e achei fácil de acompanhar: o celular geralmente está a mão, e o aplicativo até envia e-mails para motivar a continuidade quando você atrasa alguns dias. Tem também a opção de colocar o último dia completo como "ontem", assim você continua o plano lendo um pouco por dia, e não desanima porque tem muito para ler por causa do atraso.

A única desvantagem é que há poucas traduções em português disponíveis para leitura offline, principalmente das versões mais usuais da igreja protestante.

19 de novembro de 2013

Vai ficar mais fácil...

Editora Novo Conceito - Capa Victor Burton

"Vai ficar mais fácil... E outras mentiras que contamos às mães de primeira viagem" é um livro despretensioso sobre o início da vida de mãe, com algumas dicas práticas, e bastante sobre os sentimentos associados a essa mudança tão grande.

Claudine Wolk é mãe de três filhos já grandes, e ela comenta que começou a tomar notas sobre o assunto já no primeiro filho, mas conversou com muita gente para preparar esse livro. Parece que o seu principal objetivo é diminuir a ansiedade e tratar das principais preocupações da mãe de um recém-nascido, então é uma leitura para o final da gravidez mesmo. Vale contar que ela é uma americana super prática, então tem dicas como: "mantenha o banheiro e a cozinha minimamente limpos, e use o resto do tempo para descansar". 

Além disso, a autora parou de trabalhar quando o primeiro filho tinha 2 anos, então, embora tenha um capítulo sobre a volta ao trabalho, eu achei mais conteúdo direcionado para mães que deixaram a carreira para se dedicarem aos filhos, e quem está nessa situação vai se identificar mais com ela.

9 de novembro de 2013

Morte nas Nuvens

Editora L&PM Pocket - Capa designedbydavid.co.uk

Eis que eu estava com uma vontade louca de ler Agatha Christie, então escolhi um pocket simpático que eu nunca tinha lido: "Morte nas Nuvens" - com meu queridíssimo Hercule Poirot. A história começa na ponte aérea Paris - Londres, quando identificam que uma passageira morreu e o detetive belga desconfia de assassinato - que aconteceu em sua presença, enquanto ele enfrentava um enjoo aéreo. 

Personagens simpáticos, algumas reviravoltas, um romancezinho, uma história leve com final feliz. Como não amar?


28 de outubro de 2013

A Bíblia do Bebê

Editora Sociedade Bíblica do Brasil



Eu li "A Bíblia do Bebê" com a Anna (de 6 meses): era uma historinha curta por dia (menos de 1 minuto), com ilustrações muito bonitas e coloridas ("olha a ovelhinha, Anna",  "esse homem é Jesus, filha"), mas no que ela realmente estava interessada era por na boca o canto da página... Embora as páginas sejam de papel grosso, seria bom mesmo se esse livro fosse de plástico. 

22 de outubro de 2013

As Virgens Suicidas

Editora Companhia das Letras - Capa Kiko Farkas e Adriano Guarnieri / Máquina Estúdio

"As Virgens Suicidas" é um livro impressionante, como não poderia deixar de ser já que a trama trata do suicídio de 5 irmãs. Não sei da onde Jeffrey Eugenides tirou uma ideia dessas, mas a orelha do livro diz que ele queria escrever sobre "valores e sentimentos do que se convencionou chamar de sonho americano". Há muito o que discutir sobre o livro, mas não há como negar que ele é bem perturbador.

De qualquer forma, o que eu mais gostei foi que o narrador é na primeira pessoa do plural - um grupo de garotos que moravam na mesma rua da família resolve recontar a história vários anos depois, baseados em suas lembranças e em entrevistas com diversos envolvidos. Eu nunca tinha visto um livro assim, e isso dá todo um clima diferente para a história.

Eu não assisti o filme - e não fiquei com vontade de assistir, para dizer a verdade - mas gostei de ler o livro. 

17 de outubro de 2013

A Trégua

Editora Objetiva
Um livro simples e lindo. "A Trégua", de Mario Benedetti, é assim. Daqueles de marcar o cantinho da página dos trechos mais sensíveis. Daqueles de se envolver tanto e ficar com o coração na mão. Daqueles de perder o sono para ler só mais um pouco, só mais um pouco, mesmo sem ter nada a ver com o personagem principal.

Martín Santomé é uruguaio, viúvo, tem 3 filhos e vai se aposentar em breve e, no diário que ele escreve, começa a refletir como será sua vida quando chegar o ócio. Ele se sente velho - e o mundo mudou bastante nesse último século - porque ele tem apenas 50 anos. Então, ele se apaixona por uma mulher com metade da sua idade, e aí temos um romance. Um livro simples e lindo.

Faz tempo que não faço isso, mas não poderia deixar algumas citações de fora desse blog.

"Frio e vento. Que peste. E pensar que, quando tinha 15 anos, eu gostava do inverno! Agora, começo a espirrar e não paro mais. Às vezes, tenho a sensação de que, em vez de nariz, tenho um tomate maduro, com aquela madureza dos tomates dez segundos antes de começarem a apodrecer. Quando me vejo por volta do 35o espirro, não consigo evitar sentir-me em inferioridade de condições em relação ao gênero humano. Admiro o nariz dos santos, aqueles narizes afilados e livres que a gente vê, por exemplo, nos santos de El Greco. Admiro o nariz dos santos, porque estes (é evidente) jamais ficavam resfriados, jamais eram arrasados por estes espirros em cadeia. Jamais. Se tivessem espirrado em sequências de vainte ou trinta explosões consecutivas, eles não poderiam evitar entregar-se devotamente às blasfêmias orais e intelectuais. E quem blasfema - mesmo no mais simplificados dos maus pensamentos - está fechando para si mesmo o caminho da Glória."

"Uma vez, faz muitos anos, ouvi o mais velho deles dizer: 'O grande erro de alguns homens de comércio é tratar seus empregados como se estes fossem serem humanos.' Nunca me esqueci nem me esquecerei dessa frasezinha, simplesmente porque não a posso perdoar. Não só em meu nome, como também em nome de todo o gênero humano. Agora sinto a forte tentação de inverter a frase e pensar: 'O grande erro de alguns empregados é tratar seus patrões como se estes fossem pessoas.' Mas resisto a essa tentação. Eles são pessoas, sim. Não parecem, mas são. E pessoas dignas de uma odiosa piedade, da mais infamante das peidades, porque a verdade é que formam para si uma casca de orgulho, uma embalagem repugnante, uma sólida hipocrisia, mas no fundo são ocos. Asquerosos e ocos. E padecem a mais horrível variante da solidão: a solidão daquele que nem sequer tem a si mesmo."

10 de outubro de 2013

My Child Won't Eat

Editora Pinter & Martin

Na tal da blogosfera há informação sobre tudo, mas é legal quando você chega numa referência boa, e não fica considerando verdade o achismo de alguém. E numa dessas preocupações comuns de mãe (o que é normal? o que é normal?), descobri esse livro do médico espanhol Carlos González, "Meu filho não come - como aproveitar as horas das refeições sem preocupação".

Ele fala bastante sobre curvas de crescimento, ganho de peso, amamentação, introdução ao alimento, e, enfim, sobre como lidar com a alimentação do seu filho. Ele é defensor fervoroso da amamentação e de não introduzir alimentos até os 6 meses de idade, ou pelo menos não antes dos 4 meses (pena que isso pode ser muito difícil para mães que trabalham). Ele também derruba o mito de que se o seu filho não engorda com leite materno, ele vai engordar com comida. De uma maneira bem simples, ele vai explicando que o leite materno tem mais calorias que várias papinhas, que é normal a criança ir engordando menos por mês a medida que ela cresce (se ela engordasse sempre 20g por dia, aos 15 anos ela teria 100 quilos), e que tudo bem sua criança engordar pouco - o problema é quando realmente perde peso, por um período prolongado.

Além disso, o que eu gostei de ler foi algo bem óbvio: a criança não vai morrer de fome. Se for oferecido a ela alimento variado e saudável (principalmente saudável), a criança vai comer o que é necessário para ela - é o tal do instinto de sobrevivência. 

Não encontrei edições brasileiras desse livro, mas tem edições em espanhol e em inglês, eu li no kindle.