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10 de setembro de 2025

Despertar

 

Editora Recriar

O livro "Despertar" de Karen Colares é uma introdução sobre teologias feministas, e ela explica as principais vertentes, diferenciando os pressupostos de cada linha.

Os primeiros capítulos parecem ter uma linguagem mais técnica, de quem estuda Humanas, e para mim, ficou menos fluido, mas os capítulos de interpretação prática são mais claros.

A autora questiona o Cânone das Escrituras e a autoria de alguns livros, mas contribui para nossa reflexão sobre o texto bíblico, o contexto cultural e a identidade e o papel da mulher hoje, mostrando claramente como Jesus, além de Salvador, foi totalmente disruptivo em relação a sociedade da época, respeitando e valorizando as mulheres com as quais interagia, e os conhecimentos que passava.

Eu recomendo para quem se interessa sobre feminismo e fé cristã.


17 de agosto de 2025

Teologia Pastoral

 

Editora Thomas Nelson

Martin Bucer publicou esse livro em 1538 - quase 500 anos atrás - e praticamente tudo o que ele diz aqui é bastante pertinente para os tempos atuais - com exceção, talvez, da discussão com a igreja católica romana que é bem característica do período da Reforma.

O autor realmente foca no que o subtítulo diz: sobre o verdadeiro cuidado das almas, e baseado em Ezequiel 34, define o serviço do pastor, como selecionar e formar pessoas para exercer esse serviço, e também classifica os tipos de ovelhas, e como podem ser cuidadas em cada caso. É lindo de se ver. 

Ele também fala do argumento dos pastores casarem: para alguém cuidar da vida deles enquanto eles se dedicam ao trabalho ministerial - e enquanto é um serviço por deveras nobre e respeitável, não menciona nada sobre mulheres também trabalharem para o serviço de Deus (parece que as freiras e outras mulheres de vocação ao serviço ministerial foram esquecidas nesse momento).

Recomendo fortemente. Está no kindle unlimited e no aplicativo Pilgrim.

17 de julho de 2025

Por que amamos a igreja

 

Editora Cultura Cristã

Este livro foi publicado há 16 anos e, senhores, como o mundo já mudou nesse período! Temos agora smartphones, pós pandemia e todo um mundo virtual para viver. Além disso, o livro é direcionado muito especificamente para um movimento nos Estados Unidos de pessoas que querem ser cristãos sem participar de uma igreja - há sempre referências a livros publicados aos quais eles refutam os argumentos (por exemplo, A Cabana).

Os capítulos são alternados entre o pastor Kevin DeYoung e o líder de louvor (pelo que eu entendi) Ted Kluck, sendo que a proposta do primeiro é ser mais técnico e do segundo é trazer mais "cultura" e "humor", mas que me pareceu muito mais com deboche. 

Há alguns pontos interessantes, alguns argumentos bem fundamentados na Bíblia sobre ser igreja / fazer parte de uma igreja local, mas muito do livro é datado e específico demais para eu recomendar para esse momento (2025) aqui no Brasil. 

Queria muito ler um livro sobre igreja atual escrito por brasileiros. Alguém indica um?







28 de maio de 2025

Toda mulher trabalha

 

Editora Fiel

Em algumas esferas cristãs, há todo um debate entre mulher que trabalha e mulher que não trabalha, ou que se dedica a família em tempo integral, mas Naná Castillo e Cláudia Iotti trazem "Sabedoria aplicada aos dilemas modernos", que é o subtítulo da declaração de verdade que é: "Toda mulher trabalha".

Toda mulher trabalha, hoje ou antigamente, e o que importa é se esse trabalho é feito em obediência a Deus, para servir a Ele e a outras pessoas. Essa é a tese principal do livro, e com certeza o capítulo em que isso é discutido é o melhor, até porque os princípios apresentados ali são aplicáveis para bastante coisa na nossa vida, não só a decisão de trabalhar ou não.

Depois de ler tanto sobre esse assunto (com viés cristão ou não), eu fico imaginando que realmente espantoso seria um livro como "Todo homem se dedica a família", "Todo homem cuida", "Todo homem é um ser humano integral e funcional". 



20 de abril de 2025

O que é uma família?

 

Editora Monergismo

Ao ler o começo do livro "O que é uma família?" da Edith Schaeffer, comecei a me sentir num manual para esposas se tornarem dignas da trend #tradwife. É algo bem incômodo para mim, principalmente ao considerar que o livro foi escrito 50 anos atrás por alguém que vivia no bucólico interior da Suiça - o que é essa idealização do passado, gente? Cadê o equilíbrio?

 Aí começou um exercício de separar o que é bom e o que não serve para mim - há muito da experiência de uma mãe de 4 crianças, avó de muitas outras, fundadora do L'Abri que é um ministério de hospitalidade e estudo de teologia que eu admiro demais (já fui aqui no Brasil!).

É um livro inspirador que ajuda a refletir sobre o que é importante numa família, mesmo que eu não concorde com todos os métodos dela (assim como não acho que participar do L'Abri é para todo perfil de pessoas). 

O livro está baseado em princípios cristãos, e há citações de versículos - mas em certo momento coloca o "morar numa fazenda e ser quase autossustentável" como ideal - sendo que estamos caminhando para viver com Deus numa cidade (ver Apocalipse) e não voltar para o Jardim do Éden... Cadê o equilíbrio?

Edith Schaeffer trouxe o melhor da experiência e sabedoria dela para esse livro, e é bom nos aproximarmos dele também com a nossa experiência e sabedoria.

11 de abril de 2025

A Construção da Feminilidade Bíblica

 

Editora Thomas Nelson 

O livro de Beth Allison Barr fala a que veio no subtítulo: "como a submissão das mulheres se tornou a verdade do Evangelho", e é um dos livros mais esclarecedores que eu li nos últimos anos sobre o tema. 

A autora é historiadora (com mestrado e doutorado) em história medieval, mas também é cristã, e foi construindo sua caminhada alimentando esses "dois lados", o que sabemos por todos os momentos em que ela é vulnerável e se coloca nesse livro. 

Assim, vamos vendo como o papel da mulher em relação a igreja cristã mudou ao longo dos séculos, considerando tanto  os fatores internos como externos a religião, e como o que conhecemos no contexto reformado de igreja ocidental hoje é muito mais recente e não algo normal aos fiéis desde a época de Cristo.

Numa mistura de experiência pessoal, pesquisa histórica e teologia, o livro poderia ser um pouco mais claro nos pontos que faz, mas chegamos ao final sabendo que há algo estranho sim nessa construção da feminilidade bíblica e que precisamos de respostas melhores sobre alguns textos bíblicos... Meu estudo sobre esse assunto vai continuar.


18 de março de 2025

Quando a alegria não vem pela manhã

 

Editora Ultimato

Ricardo Barbosa de Sousa, pastor, escreveu esse livro depois da morte do seu filho devido a um câncer agressivo. Apesar de muita oração e fé, ele não recebeu a resposta desejada - a cura - e após passar pelo luto mais intenso, escreveu esse livro sobre as parábolas de Jesus sobre oração, dando uma outra dimensão para elas.

É um livro que serve de consolo e também mostra um caminho de esperança e amor com Jesus, não importa o que aconteça. Recomendo fortemente para quem duvida ou se sente inseguro com relação às orações, em qualquer fase da vida.

31 de janeiro de 2025

Igreja é Essencial

 

Editora Fiel

Com a pandemia, muita coisa foi questionada - e embora o novo normal seja bem parecido com o antigo normal - algumas coisas mudaram.  Os autores americanos Collin Hansen e Jonathan Leeman escreveram esse livro para justificar o porquê - ou os vários porquês - a participação em uma igreja física, real, ainda é relevante e importante para a caminhada cristã.

Embora seja voltado para os Estados Unidos, é pertinente para o Brasil, fácil de ler, e bom para discussão em pequenos grupos na comunidade local.

22 de dezembro de 2022

Sins we Accept

 

Editora NavPress

"Pecados que aceitamos" é um livrinho curto de Jerry Bridges, para motivar um exame de consciência sobre os nossos próprios pecados - para não viver de acusar outras pessoas, e um falso legalismo.


14 de outubro de 2021

Curando as feridas da alma

 

Editora Thomas Nelson Brasil

Achei esse livro da Sheila Walsh bem superficial e genérico para um objetivo tão grandioso "Curando as feridas da alma" - não desisti de ler, então recebeu 2 estrelas.

Talvez faça sentido para algumas pessoas, mas acredito que meu coração é cínico demais para uma auto-ajuda com frases bonitas.


30 de dezembro de 2020

Doze Mulheres Extraordinariamente Comuns

 

Editora Thomas Nelson

John MacArthur entrega o que ele declara no título do livro: Doze Mulheres Extraordinariamente Comuns: Como Deus usou as mulheres da Bíblia e como Ele pode usar você.

É um panorama diversificado de mulheres na Bíblia, do Antigo e Novo Testamento, com descrições, contexto e como Deus agiu na vida de cada uma delas. Pode ser usado para estudos bíblicos e discussões em pequenos grupos. 

1 de novembro de 2020

Lugar de mulher é onde Deus disser

 

Editora Peregrino


O livro "Lugar de mulher é onde Deus Disser, de Renata Veras, me decepcionou.

Ele não desenvolve a ideia do título completamente, são só vários textos de blog - curtos, tendendo a superficialidade (há até comentários do tipo: "não tenho tempo/espaço para desenvolver a ideia").

Há boas referências teológicas, mas é uma visão mais tradicional (o lugar da mulher é mesmo cuidando da casa, do marido e dos filhos). 


29 de julho de 2020

Feminilidade Radical

 

Editora Fiel

Eu tenho ouvido falar tanto do livro "Feminilidade Radical", que me parecia algo novo - e aí que eu fui reparar que ele é de 2008, ou seja, não exatamente recente. 

A autora Carolyn McCulley deixa bem claro que tem um passado de feminista e questionamento da situação feminina no mundo atual, mas, depois de convertida a fé cristã, teve uma mudança de postura radical, e esse livro é sua argumentação para sua posição.

No início, ela traça um panorama histórico do feminismo, apontando a participação de cristãs - reivindicando o seu valor na sociedade norte-americana, e as campanhas pelo voto feminino. Eu acredito que esse é o maior valor do livro, conhecer um pouco mais da história, e mais informações sobre o contexto norte-americano (já que muito do que é apresentado ali só chegou como rebarba e impacto secundário aqui no Brasil).

Eu fiquei com a impressão também que parte das fontes históricas que ela usa são casos isolados, como se fossem tiradas conclusões de fatos ou manifestações pontuais sem necessariamente verificar se foram abrangentes como aparentam.

Ela reforça a importância da Bíblia e da fé cristã para sua vida prática, mas depois de tanto criticar o outro lado, tem pouco espaço para afirmações positivas ou algo concreto que signifique a tal fé feminina ou a feminilidade radical.

Eu realmente sinto falta de livros que falem com a nossa realidade aqui no Brasil, de mulher e cristã, e esse não é um dos livros que suprem essa carência.


15 de janeiro de 2020

Pastoreando o Coração da Criança

Editora Fiel - Capa Tobias outerwear for books ​(Adaptação: Edvânio Silva)

Recentemente, eu vi duas pessoas falando sobre esse livro, e quando vi que ele está no kindle prime (disponível para assinantes prime da Amazon), resolvi lê-lo, e usei toda minha força de vontade para termina-lo de ler. 

Ele foi publicado em 1995, mas do fundo do meu coração, me pareceu mais antigo que isso. Toda uma parte da psicologia, inteligência emocional e etc, parece inexistente. Dá vontade de falar para o autor: você REALMENTE acha que faz sentido isso que você está propondo?

Veja bem, ele defende que funciona. E funciona bem, dada a experiência dele como pai e de pastor que influenciou outros pais, mas acho que é para um tipo bem específico de pai e mãe. 

Existem porções aproveitáveis do livro, como todo o capítulo de comunicação, embasado em textos bíblicos muito pertinentes e uma análise de cada fase etária das crianças. Mas eu diria que a parte "aproveitável" (segundo a minha opinião) chega a 30%, no máximo. 

Embora fale de coração da criança, e da importância de cuidar da vida espiritual dela, muita da disciplina é baseada em vara e regras, com pouca graça. E quem é cristão sabe: graça faz toda a diferença.


21 de abril de 2019

A mulher segundo a Bíblia

Editora Cultura Cristã - Capa Lela Design

Eu gosto de ler sobre cristianismo e temas femininos - é uma polêmica pronta nos dias de hoje, e eu acho que informação nunca é demais se o senso crítico estiver ligado.

Rebecca Jones deu um título ousado para seu livro: O Cristianismo oprime as mulheres?, mas a versão brasileira resolveu ir de "A mulher segundo a Bíblia", e talvez esse tenha sido um acerto. Os dois ou três primeiros capítulos discutem um pouco do papel feminino no mundo de hoje e o que é "certo" do ponto de vista cristão. Aí, em certa altura, ela coloca a culpa na vítima (algo como: se a mulher sofre abuso sexual, é porque não tem uma atitude correta, se o marido resolve abandonar a mulher e os filhos, é porque ela quis se dar liberdades), e convenhamos que 2019 não está aí para isso, nem 2005 quando o livro foi publicado, nem em nenhum ano desse planeta.

Quando pediram para Jesus julgar uma mulher adúltera (um "crime" horroroso na época), ele abriu espaço para que cada um percebesse o seu próprio erro e e não fez uma comparação de quem é mais santo, ou discorreu como aquela mulher era pecadora. Ele a perdoou e a liberou para "não pecar mais", ou seja, a todos é dada a oportunidade de fazer o melhor frente a Deus.

Os outros capítulos fazem breves perfis de mulheres citadas na bíblia e o que podemos aprender com cada uma delas, mas, é algo bem rápido e rasteiro. O livro realmente me perdeu no começo e eu só li até o final para ver se algo se aproveitava. Leiam outras coisas.




23 de dezembro de 2016

Gathering Shadows

Editora Bethany House - Capa por Dan Pitts

Gathering Shadows é um suspense dramático - uma jornalista aproveita uma oportunidade de reportagem para procurar pelo irmão que foi desapareceu quando era criança. Ela chega nessa cidade chamada Sanctuary, onde vivem cristãos memonitas, que tem várias regras restritivas de comportamento, inclusive relacionadas a tecnologia. Logo de cara, a cidade é apresentada como um refúgio para pessoas com segredos, não necessariamente cristãs, mas é só para dar o clima. 

Esse foi minha primeira incursão na literatura cristã contemporânea, mas o que eu acho mais intrigante é ver o tanto de livros sobre pessoas menonitas e amish que existem. Ser diferente realmente chama a atenção.