23 de setembro de 2016

O leitor do trem das 6h27

Editora Intrínseca - Capa Mariana Newlands
A editora Cosac Naify está considerando destruir o estoque de livros restantes, e há bons motivos - comerciais e logísticos - para tanto, e se a maioria das pessoas estranha o ato, o diretor da editora diz que se trata de uma "prática comum de mercado", o que pode parecer mais estranho ainda.

Nisso, lembrei do livro "O leitor do trem das 6h27", em que o personagem principal trabalha num lugar de destruir os livros, em Paris. Caminhões chegam todo dia carregados de obras que são jogadas na máquina chamada "A Coisa", e o operador principal - o tal leitor do título - sente a gravidade do "crime" contra os livros - mas é o seu trabalho, e sua ação é salvar algumas folhas diariamente que ele lê no trem do dia seguinte, para quem quiser ouvir.

Esse é só o contexto da história, depois temos um manuscrito misterioso, uma busca pela autora, uma cruzada por todas as impressões de um livro, duas velhinhas simpáticas, eventos e pessoas que enriquecem esse pequeno livro de Jean-Paul Didierlaurent. 

Gosto do mundo em que destruir livros é polêmica. Gosto mais ainda do mundo que lê os livros.


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