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Editora Nova Fronteira |
"A Consciência de Zeno" começa com um psicanalista dizendo que resolveu publicar sim os textos que um de seus pacientes escreveu quando convidado a refletir sobre sua vida - lembrar do que aconteceu para "se curar". Curar-se do quê? Do hábito de fumar, o qual ele passou a vida toda sempre a ponto de parar, mas nunca parando.
Italo Svevo cria um personagem chato - o Zeno - mas muito interessante, porque ele mesmo sendo o narrador da sua vida, dá para perceber o quanto ele se engana (aparentemente) ao contar o que acontece, e o tanto que dá para presumir da realidade ou das pessoas ao seu redor.
A ideia é ser engraçado, eu suponho, mas dá raiva também de como pode ser tão besta um homem sem necessidade de trabalhar e sem muita inteligência (o próprio pai deixa um testamento dizendo que ele não pode administrar os próprios bens recebidos em herança).
É uma boa leitura e rendeu ótimas discussões no clube do livro desse mês.
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