17 de janeiro de 2013

A Brincadeira

Editora Companhia das Letras - Capa Jeff Fisher


Milan Kundera é mais conhecido pelo seu romance "A Insustentável Leveza do Ser", que com um título tão marcante e bonito pode ser sobre qualquer coisa, que tudo bem. O título do seu primeiro livro, "A Brincadeira" é muito mais singelo, e diretamente relacionado com a história.

Quem faz a tal da brincadeira é Ludvik ao mandar críticas ao regime comunista num cartão postal, aberto, para a sua namoradinha em um encontro político. Ao ser confrontado, ele explica que é só uma brincadeira, mas como tudo é levado muito a sério, ele é expulso do partido, perde a vaga na universidade, e ainda é mandado para um quartel de trabalhos forçados.

A política é muito presente nesse romance, especificamente, como a estrutura comunista (socialista?) em vigor na República Tcheca influenciava e dirigia os rumos das vidas dos personagens. Verdade ou exagero, é um choque de cultura em relação a nossa vida hoje.

Eu particularmente não simpatizei com o Ludvik (principalmente da metade para a frente do livro) e isso impactou na minha leitura do livro, mas quem tiver curiosidade sobre esse regime, essa época (50 - 60 anos atrás), vale a pena.

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