25 de julho de 2011

Dracula

Editora Penguin Books

Clássico é mais ou menos assim: você acha que conhece só porque já ouviu falar, viu na TV, viu no cinema, assistiu paródia, programa de huor sobre ele, mas na real, nunca viu o original, então não conhece.

Eu estava cheia de preconceitos para ler Drácula, o original do Bram Stoker, porque eu nem gosto muito de terror. Mas sou totalmente partidária de conhecer a história original, para comparar com o que o está disseminado no consciente coletivo.

A história se passa em no final do século XIX e é narrada por meio de diários dos personagens (um inclusive é feito num "fonógrafo", super moderno) e algumas cartas. Jonathan Harker, um inglês meio corretor de imóveis, viaja até a Transilvânia, porque um Conde ricaço pediu que ele fosse lá pessoalmente para discutir a casa que ele quer comprar na Inglaterra. Mas o Conde Dracula (ninguém associava esse nome a nada na época, claro) estudou inglês, toda a cultura da Inglaterra e quer aprender mais ainda com o moço, que começa a desconfiar de algo estranho... Não há empregados, o conde só aparece a noite, não come nada, e a imagem dele não aparece no espelho que ele trouxe
(porque não tem espelhos no lugar)... O caso é que ele consegue voltar para a Inglaterra e para sua noiva, que, coincidentemente, passou por um episódio muito peculiar com sua melhor amiga que era sonâmbula e uma noite é encontrada num cemitério de uma maneira muito estranha, com dois furinhos no pescoço. A garota mordida tinha 3 pretendentes, mas já tinha se decidido casar só com um, o Lorde (os outros eram um médico e um americano).

Ela começa a ficar doente, fraca, mas quando ela recebia transfusão de sangue, ela melhorava (mesmo sem hemorragia, o que era um mistério). A questão é que ela morre, mas nesse meio tempo aparece um professor (amigo médico do médico apaixonada pela vampirinha) que tenta ajudar nessa misteriosa "doença". A seguir, os 3 pretendentes, o médico professor, a amiga e o noivo, agora marido, se juntam para perseguir o Conde Drácula que só eles conhecem, e só eles podem destruir. (Vale um comentário, quando a trupe vai perseguir o conde Drácula fora da Inglaterra, o americano acompanha a Madame Mina por não ser útil para conversar com pessoas, descobrir pistas e organizar a empreitada: ele não sabia falar outras línguas, hahahaha!)

Os homens são muito cavalheiros, cheios de elogios e respeitosos com as mulheres da trama. Existe um componente religioso muito forte também, relacionado com a tradição que os vampiros são maus e separados de Deus, com destino certo para o inferno. Há semelhanças e diferenças com os vampiros pops do momento (Crépusculo, bem entendido), listando algumas das caracteristicas do original: eles são realmente bonitos e sensuais, dormem durante o dia porque não podem suportar a luz do sol, não podem com alho ou água benta, só morrem como estaca no coração, não conseguem passar em cima da água, se transformam em morcegos. Eles mordem, mas não necessariamente matam. Mas quando a pessoa morrer, mesmo se por outra causa, elas se transformarão em vampiros. Agora, se o vampiro que a mordeu morrer antes dela, o efeito é quebrado.

O começo da narração é bem chatinho, mas depois começa a ação e o livro flui melhor. Mas daquele jeito, a linguagem toda pomposa, não é um livro muito rápido e fácil de ler não, tem que prestar atenção para entender o que as pessoas estão dizendo, mas não deixa de ser uma leitura interessante...

3 comentários:

  1. Amo, já li duas vezes. Cassicásso, mas como vc disse, não é uma leitura fácil mesmo. :)

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  2. Curto mto! Pra quem curte vampiro - digo... vampiro roots, não os que brilham no sol - é leitura obrigatória!

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  3. Li com 15 anos...

    Gostei demais....

    Leria de novo!!!

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