12 de janeiro de 2011

The Carrie Diaries

Editora Balzer + Bray - Capa Holden Designs

Lembram da Carrie de Sex and the City? Esse livro é a história dela aos 17 anos, último ano de high school. E tecnicamente não é nem um diário, porque ela ainda nem escreve um. Mas é uma história em 1a pessoa, em que a gente vai acompanhando a adolescente com seus típicos problemas americanos de panelinhas, entrar na faculdade, beber, fumar e, claro, garotos.
É realmente engraçado tentar casar a imagem da Carrie do seriado, Sarah Jessica Parker, com a Carrie do livro, 17 anos, mergulhadora da equipe de natação, com duas irmãs mais novas, um pai viúvo que adora teorizar (realmente meu personagem preferido do livro) e amigas preocupadas com o baile de formatura.
Uma coisa não mudou, ela ainda tem o dom de gostar dos caras errados, mesmo tendo opções melhores, o que eu realmente não entendo.
Um dos pontos interessantes do livro é a discussão sobre feminismo, passando pela mãe dona de casa tradicional da Carrie que muda a sua vida depois de ler um livro ultra-feminista e as indagações dela  própria. Em um certo momnto, a Carrie lembra quando tinha 10 anos de idade e lia os livros de "mulherzinha" da avó e pensou isso:

"Se uma mulher pudesse tomar conta de si mesma, ela ainda precisaria de um homem? Ou ela ia mesmo querer um? E se ela não quisesse um homem, que tipo de mulher ela seria? Ela ainda seria uma mulher? Porque parecia que, se você fosse uma mulher, a única coisa que você supostamente deve querer é um homem."

É claro que a vida não é dualista assim, ou você é independente e não precisa de homens, ou você só quer um homem e todos os seus problemas estão resolvidos. No entanto, acredito que muitas adolescentes acreditam que a coisa mais importante e urgente do mundo é arranjar um namorado e não ficar sozinha. Algumas mulheres nunca saem dessa fase...
Quanto ao livro de Candance Bushnell, é entretenimento leve, e a minha amiga Ju estava certa quando me emprestou falando que é muito melhor do que o livro Sex and the City, em que os personagens não estavam desenvolvidos e só fala-se de sexo e drogas (e para quem não conhece, é uma coletânea das crônicas que deu origem a série, ou seja, nem é uma história propriamente dita). Chick lit para adolescentes (pela idade dos personagens) e para fãs do seriado

4 comentários:

  1. Taciana,
    Sinceramente, eu sempre tive um certo preconceito com o seriado, porque acho que a Carrie tem a idade afetiva de uma garota de 19 anos...

    Eu consigo gostar de todas as personagens e até gosto do seriado e do filme, mas não consigo comprar essa idéia de que uma mulher da idade dela tenha a afetividade tão imatura... mas sei que tem mta gente assim! hehehehe...

    Gostei da resenha!

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  2. Oi Ticiana! nunca acompanhei a série, nem sequer vi os filmes lançados no cinema, por pura falta de curiosidade, embora eu ainda ache que se tivesse assistido à época em que estava no ar, até teria gostado! rs

    mas sua resenha foi ótima!
    obrigada pela dica!

    beijos

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  3. não assistia o seriado, nem vi nenhum dos filmes, mas morro de vontade, acho que vou começer por esse livro rs

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  4. outra resenha bem feita...mas não dá...não consigo gostar desse tipo de livro, e não gosto muito do seriado..acho qu eo foco é um tipo de mulher muito confusa e perdida. Mas como sempre, obrigada pela sua visão, é sempre bom ler sobre o livro por alguém com cultura para saber se você vai gostar ou não.

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