16 de setembro de 2014

Crianças francesas não fazem manha

Editora Objetiva
Pamela Druckerman é uma norte-americana que casou com um inglês e foi morar na França. Quando eles resolvem ter filhos, é nesse país que eles serão criados, então ela começa a estudar a diferença da paternidade / maternidade em um local e no outro, mais especificamente, os Estados Unidos (o pai é a parte engraçada da história, parece que tudo que ele quer é não esquentar muito a cabeça - que só pensa no futebol holandês - piada interna, irresistível).

As comparações começam a partir da gestação, e principalmente do parto - e aí a questão não é normal x cesárea (o que é o debate aqui no Brasil, e que eu não vou discutir), e sim parto com (França) e sem (EUA) anestesia. Outro mundo realmente.

Depois, há vários comentários sobre a criação de filhos, e não é basicamente um livro de auto-ajuda, com dicas e fórmulas (embora elas existem), mas a autora mergulha nas diferentes concepções da criação de filhos nos dois países, voltando na história dos dois países com relação a criação de filhos (ou vocês pensam que os direitos das crianças começaram há quatro mil anos?) (ok, ela volta só uns 200 anos).

Confesso que me identifiquei muito mais com o jeito francês de pensar sobre a criação de filhos - o jeito norte-americano (e, suspeito, brasileiro) é a criação de pequenos reis e rainhas, que não só podem tudo, como merecem tudo. Entretanto, simplesmente não dá para ser francesa fora da França - lá todas as circunstâncias, da família aos amigos a escola, tudo "conspira" para um posicionamento dos pais e das crianças diferente. Mesmo assim, é ótimo conhecer uma filosofia diferente de criação - baseada na "descoberta", na liberdade com limites, e claro, na valorização da mãe como um ser humano diferente e também merecedor de cuidados e atenção, principalmente de si mesma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário