5 de maio de 2012

Se um viajante numa noite de inverno

Editora Schwarcz - Capa Andréa Vilela de Almeida
"Se um viajante numa noite de inverno" não parece um título de livro, mas sim um começo de uma história e é isso mesmo, mas o livro do Italo Calvino é muito mais que isso: uma viagem - das mais loucas - pelo próprio processo de leitura e escrita de literatura. Uma ficção em metalinguagem (ou uma metalinguagem em ficção?) que não tem como não encantar quem gosta desse mundo dos livros.
 
Esse livro tem um dos trechos sobre a relação do leitor e os livros que eu mais gostei e, embora eu tenha lido há alguns anos, nunca esqueci e agora vou deixar aqui para vocês pensarem e se auto-analisarem... Quem quiser fazer uma auto-declaração, os comentários estão aí para isso :).
 
"Sua casa, sendo o lugar em que você lê, pode dizer-nos qual é o lugar que os livros ocupam na sua vida, se eles constituem uma defesa para manter distante o mundo exterior, se são um sonho no qual você mergulha como numa droga ou se, ao contrário, são pontes que você lança para fora, rumo ao mundo que tanto lhe interessa, a ponto de você pretender multiplicá-lo e dilatar-lhe as dimensões por meio dos livros."

2 comentários:

  1. Nossa, que lindo!
    Para mim, os livros são as 3 coisas que ele cita: são lugares para onde viajo para me refugiar da realidade, são pontes que me fascinam e me apresentam situações e lugares novos, são amigos e companheiros que nunca me abandonam e me trazem alento, mas tb são, principalmente, minha ligação com o meu eu interior, por meio da qual eu me descubro através de outros personagens, me identifico, me regenero, me transcendo e me conheço melhor.

    Bjs

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  2. Hummm, não sei... Freud, me ajuda? heheheh... São portas que deixo abertas para que entrem as pessoas interessantes. E janelas, para que eu veja algo diferente do que vejo no interior.
    Adorei o post!
    bjs

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