28 de novembro de 2021

Doze Lendas Brasileiras

 

Editora Rocco

Clarice Lispector se aventura na literatura infantil e há livros realmente fenomenais (Como "a mulher que matou os peixes), mas esse parece algo encomendado, uma história para cada mês do ano, trazendo a mitologia brasileira, principalmente dos povos originários. É um livro curto e, como eu li no kindle, as ilustrações perderam seu brilho, já que a capa é muito bonita.

27 de novembro de 2021

A Estrada

 

Editora Alfaguara

"A estrada" é um livro incrível, emocionante, sensível e impactante. Muitos elogios podem ser feitos a ele, que faz jus a fama de clássico (mesmo já sendo desse século!). Um clássico que se passa num futuro apocalíptico, em que sobrou uma terra devastada e poucos sobreviventes se escondendo ou procurando um lugar seguro. Surge ali um relacionamento de pai e filho, e o que existe de relacionamento possível em situação tão inóspita.

É um livro realmente muito bonito, e realmente muito triste.

15 de novembro de 2021

Um Casamento Americano

 

Editora Arqueiro

O livro de Tayari Jones, "Um casamento americano", que poderia ser um nome de romance fofo (talvez com alguém querendo um green card, e depois se apaixonando de verdade), na verdade é uma história dolorosa sobre a tensão racial.

Celestial e Roy casam, apaixonados, planejam uma vida junto, e ele é preso injustamente - dá aquele ódio de sofrer algo que não é possível mudar ou controlar, mas os personagens são complexos e as tensões se multiplicam entre eles, familiares, conhecidos...

É um ótimo livro retrato da sociedade norte-americana (e fez bastante sucesso na época em que foi lançado).

6 de novembro de 2021

No fundo do oceano, os animais invisíveis

 

Editora Reformatório

Anita Deak é editora de livros, dá cursos de escrita criativa, e se propôs um desafio de escrever um livro de narrativa diferente, com quebra do espaço-tempo, e muito poético - assim como esse título: "No fundo do Oceano, os animais invisíveis".

É daqueles livros mais sobre a forma de escrita, o estilo, do que sobre a história (que é boa e muito bem pesquisada também), mas é um exercício complexo para um leitor competente, como a Maria Valéria Rezende diz na apresentação.

A autora admira muito Guimarães Rosa, e é possível ver essa admiração no texto, mas acho que falta um pouco da acessibilidade - porque um livro ser simples e profundo ao mesmo tempo (como Grande Sertão: Veredas) é realmente um desafio.