24 de fevereiro de 2014

Histórias de Canções - Vinicius de Moraes

Capa Sergio Campante - Editora Leya

Vinicius de Moraes era da época que não se vivia de literatura ou música, mas tinha-se um emprego também, fora da esfera artística, no caso dele, funcionário público. Mas, acima de tudo, Vinicius era poeta, poetaço, Poetinha. 

É muito bom conhecer mais sobre sua obra musical, e não só dele, mas de seus parceiros que fizeram melodias que hoje não conseguimos separar de suas poesias, no livro História de Canções - Vinicius de Moraes, de Wagner Homem e Bruno de La Rosa. Há histórias engraçadas com seus amigos, como a música que e ele nunca escreveu com Toquinho, mas achava que sim, ou a discussão de uma letra com Chico Buarque por carta. Há episódios com suas esposas, porque Vinicius não é Vinicius se não estava casado, com o amor eterno enquanto dure. Há sua biografia musical, passagem por passagem, de uma amadurecimento que nem precisava melhorar porque já nasceu ótimo.

Para quem gosta de poesia, para quem gosta de música, para quem gosta de Vinicius, ou para quem ainda não o conheceu.


22 de fevereiro de 2014

Inferno

Capa Michael J. Windsor - Editora Random House

Eu adorei o último livro do Dan Brown, Inferno. Finalmente, um livro tão bom quanto o Código DaVinci. São diversas referências culturais a partir da cidade italiana Florença e a obra de Dante Alighieri, Divina Comédia. Eu visitei Florença em 2012 e não gostei muito da cidade, mas depois de ler sobre os personagens passeando por ela, as referências culturais e literárias, eu já a estou vendo com outros olhos.

Há também uma discussão interessante sobre superpopulação e as implicações ecológicas para o planeta e o próprio futuro da espécie humana. Tem algo de ciência nisso, mas muito relacionado a moral - e além de deixar a história muito emocionante, realmente me fez pensar sobre esse assunto.

Eu acho que tem potencial de ser um filme ótimo também, com o galã Robert Langdon, e uma mocinha bonita e esperta, Sienna. O começo da história já é bem inusitado - com o Langdon no meio de uma enrascada, mas com amnésia por causa de um ferimento na cabeça que apagou os últimos 2 dias de sua vida - então somos nós e ele tentando entender melhor o que está acontecendo (como ele veio dos Estados Unidos para a Itália, e por que ele está sendo perseguido).

Recomendo para quem quer uma leitura divertida e para quem pretende visitar Florença qualquer dia desses (mais legal que ler guia, com certeza).

2 de fevereiro de 2014

Coleção Completa Mágico de Oz

Editora Bedford Park Books

Finalmente acabei de ler os dois últimos livros da Coleção Completa do Mágico de Oz, por L. Frank Baum. Se bem que "ler" não é a palavra certa, porque eu "ouvi" boa parte dos dois últimos livros, usando o recurso do "Text-to-speech" do Kindle. Por ser um leitor automático, não tem entonação, e é preciso ficar bem esperta para perceber quando uma frase emenda na outra (são pausas bem curtas). Não é o ideal, mas pelo menos eu uso bem o meu tempo parada no trânsito. :)

O que vale a pena comentar sobre o conjunto completo da obra é a importância das mulheres na história. Embora chame-se O Mágico de Oz, ele depois cede o poder para Ozma, a verdadeira regente da terra de Oz, que também é uma fada muito poderosa. A principal feiticeira é Glinda, que ensina o Mágico de Oz a fazer mágicas de verdade. Dorothy, é claro, torna-se princesa do reino e muito querida e respeitada. Há também alguns garotas que vão para a terra de Oz, e mesmo em algumas historietas, temos muitas líderes femininas - seja para o mal ou para o bem. Girl power! Intencional ou não, é realmente interessante ver uma história tão pouco machista de mais de 100 anos. 

19 de janeiro de 2014

The Imperfectionists

Editora Quercus
Comecei o ano muito bem, com um livro de Tom Rachman, "Os Imperfeccionistas", que é uma delícia de ler. É um livro de contos e eu confesso que já tive preconceito com esse estilo literário: talvez porque parece um livro com coletânea de textos de livros de português de colégio, talvez porque se for para gastar com livro, que seja com uma história mais "extensa" e "completa", talvez por parecer antigo (contos sempre me lembra Machado de Assis). Que besteira.

Contos ou histórias curtas (como parece menos coisa de escola) podem ser obras primas: interessantes e emocionantes, e, (como o meu tempo de leitura anda escasso), com uma qualidade inestimável: sem informações supérfluas, sem enrolação, bem finalizadas, pequenas pérolas. É claro que isso não é trivial, mas está tudo ali no livro do Tom Rachman. 

Em cada conto, é apresentado um personagem relacionado a um jornal internacional com sede em Roma. Até uma senhora que resolveu ler o jornal como se lê um livro, cada matéria, cada coluna, linha por linha e por isso está ali, ainda uns 20 anos atrás, fechada em casa, para não receber nenhum "spoiler" da vida real. São personagens incríveis, pessoas que você quer encontrar na rua. Vale a pena ler mesmo - pena que a edição brasileira, da Record, está esgotada. Eu li direto no Kindle.

31 de dezembro de 2013

Estatísticas 2013

Em 2013, surgiu uma nova leitora em minha vida:


Anna, na piscina, grata pelos livros a prova de água


e isso limitou minhas leituras e aumentou minhas alegrias de uma forma diferente.

Mesmo assim foram 63 livros lidos (3 a menos do que em 2012, mas muito mais infantis) em 52 posts, sendo

2 releituras,
52 estrangeiros,
11 nacionais,
17 infantis,
36 em português,
26 em inglês,
1 em francês,
23 no kindle (e no tablet e no celular, quando dava).

Continuo participando de clubes de leitura e eu adoro, são momentos especiais do meu mês.

Apesar de um segundo semestre fraco de leituras, foram mais 159 curtidas no facebook, obrigada para a galera que me acompanha! Espero continuar inspirar outras pessoas a lerem mais!

Muitos livros em 2014 para todos nós!

Top 2013

A Trégua, de Mario Benedetti
Cadê você, Bernadette?, de Maria Semple
Fazes-me falta, Inês Pedrosa
Fiquei com seu número, Sophie Kinsella

Hors Concurs
Anna Karenina, Leon Tolstoi

30 de dezembro de 2013

Coleção (quase) Completa do Mágico de Oz

Editora Bedford Park Books

E quando vocês menos esperam, eu apareço para contar sobre os últimos 12 livros do ano: A Coleção (quase) Completa do Mágico de Oz. (As minhas prioridades de tempo livre são a Anna e dormir, então 2 livros ficaram para o ano que vem.) 

Aqui no Brasil, esses livros não são muito conhecidos, (aliás, quem sabia que o filme Mágico de Oz foi baseado num livro?), mas Dorothy, o Mágico de Oz, o Espantalho, o Homem de Lata, o Leão, Ozma, Glinda e muitos outros personagens desse reino encantado povoaram a infância de muitas crianças americanas. L. Frank Baum escreveu 14 livros sempre agradecendo a crianças de todas as idades que escreviam cartas perguntando sobre o reino de Oz, seus habitantes e como fazer para chegar lá.

Escritas no começo do século XIX, as histórias parecem "Faz de Conta" de criança mesmo: cheias de situações que parecem insolúveis e aí aparece um ser que voa para tira-los da enrascada, ou o inimigo fica cansado de brigar, ou uma mágica resolve a situação. Histórias inocentes, onde o mal e o bem estão bem definidos, há mensagens morais claras e o bem sempre vence. 

No entanto, meu personagem favorito foi Rinkitink, um rei muito irônico e folgado que fugiu dos seus súditos na história que se passa quase completamente fora do reino de Oz, "Rinkitink em Oz". Ele tem uma cabra super mal humorada, e ótimos diálogos se passam entre eles (porque, sim, todos os animais falam).

Eu estou lendo em inglês (sim, pretendo acabar), e a coleção completa é super barata no Kindle (menos de 1 dólar). Para finalizar, algumas citações:

"Quanto mais alguém sabe, mais sortudo ele é, porque conhecimento é o maior presente na vida."

"Conselho não custa nada - a menos que você siga-o."

"Esse é a maneira de ter ideias [para se salvar de alguma situação]: nunca deixe nenhuma circunstância adversa desencoraja-lo, mas acredite que existe uma forma de sair de toda situação difícil, que pode ser descoberta por um raciocínio cuidadoso."

"Pensamentos devem ser contidos da mesma maneira que o seu óleo [para o Homem de Lata], e somente aplicado quando necessário e para um bom propósito. Se usado cautelosamente, pensamentos são uma boa coisa para se ter."