27 de janeiro de 2025

Persephone

 

Editora Amazon Original Stories

"Persephone", de Lev Grossman, faz parte da coleção de pequenos contos da Amazon, e está disponível no unlimited. Se o primeiro livro que eu li dessa coleção foi ótimo (As seis mortes da santa), esse realmente decepcionou. Ficou apressado, sem sentido, como se o autor não soubesse mesmo escrever um conto (são talentos diferentes do romance mais longo, com certeza!). Mas pelo menos são só 30 páginas.

23 de janeiro de 2025

Stay in your lane

 

Editora Thrive Media

Kevin A. Thompson escreve livros cristãos de auto-ajuda - e embora não seja meu gênero preferido, de vez em quando vale a pena ler um deles. "Fique na sua faixa", o que é lema de muito motoboy por aí, acaba por ser algo muito razoável para a vida. Você só controla o que está na sua faixa. Aí tem a faixa de outra pessoa que, tchantchanran, ela controla. Por fim, tem a faixa de Deus - embora eu acredite que todas as faixas estão sob o Senhorio de Deus - é bom lembrar que algumas coisas obviamente nós não conseguimos controlar nem se tentarmos (o tempo, as doenças, circunstâncias em geral).

Vale a pena ler o livro - embora a edição no kindle não seja muito boa.


20 de janeiro de 2025

A festa do Bode

 

Editora Mandarim

Mario Vargas Llosa conta nesse livro a história do governo Trujillo na República Dominicana, mais particularmente o final, através de personagens ficcionais e não ficcionais.

A parte de violência e tortura, intrínseca a uma ditadura, é de doer a alma e eu tinha vontade de pular parágrafos inteiros, mas a narrativa é interessantíssima, quase como um filme de ação.

Realmente, um autor que ganhou e merecia ganhar um Nobel.



17 de janeiro de 2025

The Six Deaths of The Saint

 

Editora Amazon

Alix E. Harrow escreveu um conto sobre "As Seis mortes da Santa", e é realmente uma santa não convencional - num mundo que não existe - e com um final surpreendente (e sim, eu estava torcendo por ele).

15 de janeiro de 2025

Luke

 

Editora Harper Collins Brasil

Luke é uma graphic novel de Rafael Fritzen, pela qual a minha filha de 11 anos se interessou numa livraria... E como amamos livros, mas não ganhamos na loteria, pegamos uma cópia disponível no aplicativo Biblion, e lemos no celular (cada uma no seu). Eu até prometi que compraria se ela gostasse muito e quisesse ter uma cópia, mas ela não gostou tanto assim...

É uma história do ponto de vista de uma criança, o Luke, passando por uma situação muito difícil, e a narração é bem sensível, mas acho que ficou um pouco confuso. Talvez "bata" diferente para cada pessoa que lê, dependendo do seu momento de vida.



Eu, Tituba

 

Editora Rosa dos Tempos

O evento, que virou história, que virou livro, que virou filme, chamada "As bruxas de Salém" é muito famoso - e se você não conhece, é um bom momento para fazer uma busca. Neste livro, Maryse Condé pega uma das pessoas que existiram relacionada a esse fato histórico, Tituba, escravizada das colônias da América Central vivendo em Salém, acusada de bruxaria, e dá vida a ela.

Acompanhamos Tituba criança, jovem, e toda sua trajetória até sua morte nesse enrosco religioso. É um retrato da cultura das colônias, dos escravizados, dos Estados Unidos do final do século XVII, mas é uma narrativa seca, sem muito encanto, e talvez por isso eu esperava mais do livro. 


12 de janeiro de 2025

A morte tem 7 herdeiros

 

Editora Moderna

Eu guardei meu exemplar de "A morte tem 7 herdeiros" por quase 30 anos, e este ano finalmente foi compartilhado com as minhas filhas: um livro de mistério antes de ler Agatha Christie, pensava eu. Eu lembrava que era claramente uma homenagem - ela é citada na história! - afinal quem matou o patriarca da família entre tanta gente interessada na herança?

Mas o livro é um pouco confuso, vai morrendo gente, e a gente se perde entre tantos personagens, e é uma farsa, e eu acho que pré-adolescentes não conseguem apreciar isso, de certa forma. As minhas duas garotas leram (quase 10 e quase 12 anos), mas definitivamente não foi o sucesso que eu imaginava (nem para mim, tanto tempo depois).



7 de janeiro de 2025

O Empyriano

Editora Minotauro

Fui pega pela série da Quarta Asa. Uma amiga me deu o primeiro livro: vamos ler, o último da trilogia sai em janeiro.

Chega janeiro, e a trilogia vira uma série de 5 livros, sem data de publicação dos dois últimos.

Agora já era.

Livros típicos de romance + fantasia:

- uma protagonista linda, inteligente, frágil, determinada, escolhida, líder, etc, etc

- um interesse romântico lindo, inteligente, determinado, apaixonado, etc, etc

- um mundo realmente bem construído - com dragões!!!!

600 páginas cada que são possíveis de ler em um final de semana sem compromissos, ou uma semana com intervalos típicos de vida adulta.

É entretenimento, minha gente.



 

O Fazedor de Velhos

 

Editora Companhia das Letras

O livro "O Fazedor de Velhos" foi lançado em 2008 e nas descrições que eu li na internet é um romance de formação (coming of age), sobre um garoto de 18 anos que não gosta da faculdade de história e não sabe o que fazer. Ele é apresentado então a um professor de histórias mais velho que se torna seu mentor, passando tarefas e lições de vida.

Eu pensei, a princípio, que era a história verdadeira do autor Rodrigo Lacerda (ah, essa moda atual de auto ficção), mas o personagem chama Pedro e aí percebi que era só ficção mesmo.

O livro ganhou o prêmio Jabuti de melhor obra juvenil, então deve fazer mais sentido para adolescentes mesmo, porque tudo parece bem dramático demais, aquela crise existencial de perder o grande amor e não saber o que fazer da vida.


6 de janeiro de 2025

Vasto Mar de Sargaços

 

Editora Rocco

Jean Rhys, em 1966, pegou a esposa louca do livro de Jane Eyre e deu a ela uma vida de verdade, que é "Vasto Mar de Sargaços" - e o nome em inglês é mais musical: Wide Sargasso Sea. Além disso, ela trouxe luz para o passado da personagem numa colônia da América Central, o que é curioso por si só, mesmo se for a visão de uma pessoa branca deslocada no tempo (ou seja, também trazendo uma perspectiva histórica que pode ser incompleta). 

Ou seja, a ideia era boa - e acredito que por isso deve ter sido muito apreciado - mas a execução é confusa e estranha, e eu realmente não gostei muito.


3 de janeiro de 2025

Enquanto houver limoeiros

 

Editora Verus

A canadense Zoulfa Katouh, filha de sírios, escreveu esse livro - uma mistura de romance Young Adult e relato de guerra - para falar sobre a Revolução Síria que estourou na década de 2010, e esteve nas notícias no final do ano passado.

Apesar de ser uma história ficcional, tanto a violência como o sofrimento da população são relatados de maneira bem gráfica, e foi bem difícil ler o livro todo.

É interessante ver um romance jovem em outra cultura, mas os personagens são simples e há partes da trama claramente forçadas. 

Assim, é difícil recomendar esse livro porque precisa ter estômago, mas a construção da história parece para adolescentes / jovens adultos. 




2 de janeiro de 2025

Lia

 

Editora Companhia das Letras

No ano que a minha Lia faz 10 anos, o meu primeiro livro é esse mesmo - comprado não só pelo título, mas porque admiro Caetano W. Galindo faz um tempo, do blog da Companhia das Letras, entrevistas e podcasts. 

O autor logo explica que essa obra começou como folhetim - capítulos publicados num jornal independente e, ao longo do tempo, cada leitor iria conhecer (construir?) a Lia. Com tamanha liberdade, é gostoso de ver a experimentação de cada parte, são diferentes narradores e tipos de textos, diferentes visões da mesma personagem - e até do autor (será o autor mesmo?) se posicionando em um ou outro trecho. 

Eu gostei bastante, apesar de descobrir que o nome da personagem é Lucília, e recomendo para quem não se incomoda com uma literatura menos convencional.