The Great Believers

 

Editora Penguin

Se o livro anterior parece que ganhou um prêmio só pelo personagem gay, esse livro tem muitos personagens gays e uma história em dois momentos paralelos com muito mais profundidade e emoção e, na minha opinião, merece muito mais prêmios. 

Em português, o livro de Rebecca Makkai chama-se Os Otimistas (e é um título adequado para nossa cultura, ao invés de Os Grandes Crentes como em inglês). A gente se apega aos personagens que aparecem, torce por eles, e ainda é brindado com uma vislumbre do panorama das artes nos Estados Unidos. Recomendo.

The man who loved children

 

Editora Picador USA

O título do livro de Christina Stead é um pouco desconfortável hoje em dia: "O homem que amava crianças", mas acredito que em 1940 não tenha tido essa conotação - porque o livro não é sobre pedofilia ou algo nessa linha. É a história de uma família com 6 crianças, e que deveria ter tido menos porque eles realmente não tem condições financeiras ou emocionais de lidar com tantas.

Eu ouvi falar que é um clássico, muita gente gosta, mas eu não gostei muito, embora tenha achado a história e a escrita interessantes e bem feitas. 

As desventuras de Arthur Less

 

Editora Record

As Desventuras de Arthur Less, de AndrewSean Greer, ganhou o Pulitzer de Ficção em 2018 e a minha impressão é que isso aconteceu só porque o personagem é gay. O cara é chato (já é definido como um escritor medíocre), as desventuras não são nada emocionantes ou interessantes (ele fica muito tempo usando o mesmo terno), e tem um pouco de romance. É uma história de homem branco triste, e não já temos muitas dessas por aí?

O Arroz de Palma

 

Editora Record

O livro de Francisco Azevedo é uma saga familiar que tinha até previsão de virar novela das 18h da Globo. É uma história bonita, mas eu, particularmente, achei o narrador um chato, e isso tirou um pouco da graça do livro para mim.

Ninguém pode com Nara Leão

 

Editora Planeta

Fiquei interessada em conhecer mais sobre a Nara Leão, por isso peguei o livro do Tom Cardoso para ler - e ela foi realmente uma mulher espetacular.

Parece que o autor está conversando sobre a Nara, o que funcionaria melhor falando do que escrevendo. As informações são interessantes, mas o livro poderia ser melhor editado.

Os Coadjuvantes

 

Editora Companhia das Letras

Literatura contemporânea brasileira, no Rio de Janeiro - bem mais ou menos, faltou desenvolvimento e algumas partes parece que estão ali só para chocar.

Equador

 

Editora Companhia das Letras

Miguel Sousa Tavares, português, conta uma história sobre o controle de uma colônia, São Tomé e Príncipe no começo do século XX, nos aproximando da vivência dessa ficção histórica através de personagens muito bem construídos. É muito bom e muito interessante.

Terra Dentro

 

Editora Reformatório

A capa de "terra dentro" é linda, o livro de Vanessa Vascouto é curtinho, a história contada por 3 personagens é interessante, mas parece que fica faltando algo... Drama familiar do interiorzão do Brasil que pode ser em todo lugar - mas acho que podia ser menos explícito.