The Disciple

 

Editora Cascade Books

Eu conheci a teóloga Lucy Peppiatt falando sobre mulheres na Bíblia, e esse livro - O Discípulo - não é sobre isso, mas sobre a jornada de ser cristão - independente de ser homem ou mulher.

É um livro embasado teologicamente, mas que reconhece e compreende as limitações de um ser pecador, que não desaparecem da noite para o dia. A autora propõe atividades práticas, com explicações objetivas, úteis para o novo cristão e para aqueles que, como eu, continuam nessa jornada de santificação e podem agir como discipuladores também. 

Afinal, o cristianismo não é uma religião de um episódio de salvação, uma declaração emocionada sobre o Senhorio de Cristo (que é real e verdadeiro), mas uma caminhada com muitas pessoas, diária, onde as misericórdias do Senhor se renovam.

The ABC murders

 

Os assassinatos ABC são literalmente o que proclamam: ocorrem em ordem alfabética e somente nosso incrível Hercule Poirot poderá desvendar esses crimes sem razão lógica aparente.

Acredito que daria um bom filme.

Bagagem

 

Editora Record

De vez em quando, é bom um livro de poesia para limpar o palato, e foi a vez de Bagagem, de Adélia Prado, autora brasileira que eu não conhecia.

Gostei de alguns poemas, a temática mais madura, mas achei um pouco repetitivo.

Está disponível no aplicativo biblion.

We all want impossible things

 

Editora Harper

Na sinopse desse livro, conhecemos duas amigas: Edi que está na fase dos cuidados paliativos de um câncer terminal, e Ash, a narradora, que está tentando lidar com isso.

Sim, eu cheguei na fase da vida que eu acho isso possível de acontecer no meu entorno, e por isso quis ler esse livro - mesmo achando que ia ser difícil pela temática - mas foi uma decepção.

O livro é realmente sobre a Ash, sua crise de meia idade, sua intensa vida sexual, criação caótica das filhas adolescentes, e sua confusão de sentimentos - a morte próxima da amiga parece só um catalisador dessa confusão.

Então, "Todos nós queremos coisas impossíveis", mas a vida da personagem de Catherine Newman (que aparentemente teve uma amiga que morreu de câncer muito jovem), é uma das coisas impossíveis de eu conceber também.

O túnel

 

Editora DBA

"O Túnel" foi escrito por A.B.Yehoshua, um autor judeu que nasceu e cresceu em Jerusalém antes da criação do estado de Israel moderno depois da segunda guerra mundial. No entanto, esse livro é contemporâneo ao século XXI, publicado em 2018. O personagem principal é idoso, aposentado, e diante do diagnóstico de Alzheimer tem o desafio de se tornar novamente ativo para diminuir a progressão da perda de memória.

Eu gosto muito de livros com personagens mais velhos: há drama, humor, e uma vida toda por detrás. 

 Além disso, há toda a questão de interação entre os judeus e os povos ao redor (e dentro, na época) do estado de Israel, é um bom livro para ter um panorama da sociedade e cultura de um lugar que não sai das notícias, e recebe tanta opinião.

Tungstênio

 

Editora Veneta

Tunsgtênio é um história gráfica, ou em quadrinhos, sobre um dia na vida de várias pessoas em Salvador, Bahia. Todo em preto e branco, é incrível como a gente se sente assistindo um filme, com os cortes de cena, flashbacks e momentos de ação. Não é a toa que Marcello Quintanilha ganha prêmios na Europa e Estados Unidos por sua obra.

Um prefácio para Olívia Guerra

 

Editora Harper Collings

A mãe da narradora do livro se suicida quando ela é criança - e o que sobra para a filha? Continuar vivendo e administrar o espólio (vulgo a obra literária) da mãe, a tal da Olívia Guerra. Postumamente, ela fez mais sucesso que em vida, e ela agora é convidada para escrever um prefácio para uma edição comemorativa de suas poesias, aí temos "Um prefácio para Olívia Guerra".

Num misto de raiva e tristeza, ela vai desconstruindo esse relacionamento, suas emoções, sua vida, e as lembranças da mãe. É um livro sobre maternidade, claro, mas também como as relações familiares são muito mais difíceis do que podemos prever.

Pessoas Normais

 

Editora Companhia das Letras

Gostei bastante do livro Pessoas Normais da Sally Rooney, a construção dos personagens Connell e Marianne é ótima, a complexidade do relacionamento entre eles, a família e os amigos. São bobos de não se comunicarem direito - sim - mas assim é a vida.

Pedro Páramo

 

Editorial RM

Em 2024, fizeram um filme baseado no livro de Juan Rulfo, "Pedro Páramo", e começaram a falar sobre como essa foi a inspiração de Gabriel García Marquez para seu realismo mágico, e eu resolvi ler esse livro no aplicativo (maravilhoso) Biblion.

Quando finalmente minha reserva saiu, o livro era em espanhol.

Livro bem recomendado, hypado, vamos ler em espanhol mesmo... e foi um desafio, principalmente pela loucura imanente na história. Ajudou muito conversar com minha amiga Débora para entender quem era fantasma, quem era filho de quem, quem estava vivo, o que estava acontecendo.

É um bom livro, mas eu entendo porque o Gabriel García Marquez ficou mais famoso que a sua inspiração.