31 de dezembro de 2016

Top 2016

Minhas melhores leituras de 2016:

Literatura
  • Garota Exemplar
  • Pequenas Grandes Mentiras
  • Poderoso Chefão
  • Quarto
  • O rouxinol
  • Meio Sol Amarelo

Não ficção
  • Faça acontecer
  • Como pensar mais sobre sexo
  • O resgate do feminino
  • Como encontrar o trabalho da sua vida



Estatística 2016

Em 2016, ainda estou descobrindo o que é ter duas filhas pequenas e arranjar tempo para mim mesma e para leitura - eu realmente acredito que vai ser mais fácil a medida que elas crescerem.

Em números:

- 50 livros;
- 6 livros brasileiros (só... mas faltam promoções de bons autores no kindle);
- 44 estrangeiros;
- 8 livros físicos;
- 42 livros digitais (principalmente no aplicativo do kindle, que dá para ler em qualquer lugar. Meu foco foi comprar livros em promoção);
- 11 livros clássicos (com mais de 50 anos);
- 6 livros da Agatha Christie;
- 32 livros de autoras femininas - mais da metade!



Eu não consegui manter regularidade para os posts no blog esse ano, mas em dezembro consegui colocar tudo em dia.

Mesmo assim, a página no facebook aumentou um pouquinho e agora são 1027 curtidas.

As metas de 2016 eram:

  • Continuar lendo 1 livro por semana, em média - nada ousado, mas exequível, diante da minha rotina.
    • Quase cheguei lá - faltaram 2.
  • Ler os 100 livros mais amados do Reino Unido, uma lista da BBC de 2003 - eu já li 43, e espero ler todos os outros nos próximos 2 anos.
    • Eu li mais 6 livros da lista (total: 49) e percebi que não tenho vontade de ler todos, por exemplo, não quero ler outro livro de Thomas Hardy. Então a meta foi estendida para ler 80% dos livros até 2021.
  • Ler todos os livros da Agatha Christie. A minha meta é que isso aconteça nos próximos 5 anos, para ir lendo em doses homeopáticas.
    • Eu leio Agatha Christie desde os meus 11 anos (o primeiro foi "Os 13 problemas"), mas eu vou considerar só os livros com resenha aqui no blog. Custa nada reler tudo o que eu já li, hahaha. Então, nessa contagem, são 26 livros. 
Eu vou manter as mesmas metas para 2017, com prazo adaptado:

  • Ler 1 livro por semana;
  • Ler 80% dos livros da lista dos 100 livros mais amados do Reino Unido até 2021.
  • Ler todos os livros da Agatha Christie até 2021.

23 de dezembro de 2016

Meio Sol Amarelo

Editora Companha das Letras - Capa Mayurni Okuyama

"Meio Sol Amarelo" é uma história de guerra, guerra feia, mas focada nos personagens humanos, tão humanos.

No Brasil, não estudamos direito a história da África, não conhecemos suas particularidades, e, arrisco eu, mesmo com toda nossa história que nos une a eles, sabemos pouco de sua cultura. Então esse livro é uma ótima janela para um povo, os Ibos, e o que foi a revolução de Biafra contra a Nigéria na década de 60.

A autora Chimamanda Ngozi Adichie deixa claro que há só inspiração, não fatos reais, mas é impossível não entender que relatos jornalísticos podem não ser tão fidedignos assim, e suspeitar do que sabemos sobre conflitos atuais.

Aliás, mesmo dentro do conflito - como acontece nessa história - é possível observar com clareza como o controle das informações para criar o medo pode ser uma ferramenta potente em uma guerra, ao fragilizar tanto as pessoas, mesmo se as pessoas acreditam piamente na vitória.

É uma história tremendamente triste. E bonita. E incrível.

Gathering Shadows

Editora Bethany House - Capa por Dan Pitts

Gathering Shadows é um suspense dramático - uma jornalista aproveita uma oportunidade de reportagem para procurar pelo irmão que foi desapareceu quando era criança. Ela chega nessa cidade chamada Sanctuary, onde vivem cristãos memonitas, que tem várias regras restritivas de comportamento, inclusive relacionadas a tecnologia. Logo de cara, a cidade é apresentada como um refúgio para pessoas com segredos, não necessariamente cristãs, mas é só para dar o clima. 

Esse foi minha primeira incursão na literatura cristã contemporânea, mas o que eu acho mais intrigante é ver o tanto de livros sobre pessoas menonitas e amish que existem. Ser diferente realmente chama a atenção.

Antropólogo em Marte

Editora Companha de Bolso - Capa


Oliver Sacks escrevia sobre neurociência e no livro "Um antropólogo em Marte", não é diferente. Ele descreve com profundidade 7 pessoas com tipos diferentes de problemas neurológicos / psiquiátricos. É bem técnico, então dá para se perder em algumas partes se o interesse não é esse (fisiologia / funcionamento do cérebro), mas tem também dramas humanos, que é a que mais me interessava.

Os casos extremos apresentados aqui não são tão comuns. Quando ele fala de uma pessoa que recupera a visão na vida adulta, depois de ter sido completamente cega, ele diz que fora esse só havia mais um caso reportado na literatura médica em mais de 100 anos. No entanto, ao entender um pouco mais desses casos extraordinários, é possível compreender melhor a maioria da população, e nisso há beleza nessa ciência.

First Comes Love

Editora Ballantine Books
Em "First Comes Love", Emily Giffin fala sobre duas irmãs, muito diferentes, marcadas pela morte acidental de seu irmão aos 18 anos. Elas seguiram caminhos diferentes, e no meio de tantas presunções recíprocas, elas nem conseguem conversar direito. O livro vai pulando de foco ao longo dos capítulos, uma vez com Josie, uma vez com Meredith, e você pode perceber claramente que elas estão erradas uma sobre a outra.

Meredith é casada e tem uma filha, mas está passando por uma crise de identidade e uma crise de casamento. Josie mora com o melhor amigo, desiste de arranjar um namorado / marido, mas quer engravidar mesmo assim. O livro caminha nessa discussão sobre se o amor - o amor conjugal - é importante ou imprescindível ou necessário ou suficiente.

Eu, como romântica, acho que é tudo isso sim. Mas temos um mundo moderno de relações líquidas, e individualidade crescente, então para algumas pessoas, acho que não é nada disso mesmo. A temática desse livro está em linha com esse novo movimento.

Diary of a single Wedding Planner

Editora Charbar Productions
Eu gosto de ler uns livros bestas para variar - refrescar a mente de leituras sérias e rotina cansativa, mas agora eu estou começando a me questionar se realmente vale a pena. 

Violet Howe escreveu uma série de livros sobre Tyler, uma garota que é assessora de casamentos - Diary of a Single Wedding Planner. Nesse primeiro, ela está solteira - tem um melhor amigo que é "só" melhor amigo, um ex-namorado que casou com outra mas agora divorciou e reapareceu, e um diário em que ela escreve diariamente mesmo (e não, ela não é adolescente). Para ser engraçadinho, ela conta causos e ocorridos tanto da etapa de preparativos como da festa de casamento em si, mas que parecem um tico forçado.

Boa parte do livro ela tem crise existencial sobre o que quer da vida, de quem ela gosta, e se casamento vale a pena, e se ela vai morrer solteira, já que está solteira aos 25 anos. 25 anos. Puxa.

Aí eu fico revirando os olhos e achando a personagem principal tão besta, que eu realmente não sei se vale a pena como distração mesmo...