28 de setembro de 2013

Nariz de Vidro

Editora Moderna - Capa Claudia Scatamacchia

Dizem que é bom ler poesia para bebês, então eu resgatei esse livro do Mário Quintana da minha biblioteca juvenil, Nariz de Vidro, para ler para a minha filha. Eu adoro ler poesia em voz alta, degustando sua musicalidade - acho até que você não aprecia direito a poesia, se não for assim.

Mário Quintana escreve sobre fatos corriqueiros e eventos extradiornários, sobre a vida, a morte e o depois, e a própria escrita, de uma forma singela, direto ao nosso coração. Esse é um livro para crianças e adolescentes, e eu fico feliz de ver palavras "difíceis", conceitos abstratos, e até algo politicamente incorreto ("Que bom ficar assim, horas inteiras, fumando..."), porque a inteligência e a capacidade de discernir também se desenvolvem com arte.

23 de setembro de 2013

Chamadas Telefônicas

Editora Companhia das Letras - Capa warrakloureiro 

"Chamadas Telefônicas" é o primeiro livro do Roberto Bolaño que eu leio. São narrativas curtas, mas com personagens complexas e conflitos densos. Não percebi uma temática comum nessa coletânea de contos, mas há muitos personagens chilenos como o autor e muitas histórias se passam na Europa, particularmente na Espanha, onde o autor morou por um tempo.

Esse não é seu livro mais famoso, mas foi uma sugestão de um fã do Roberto Bolaño como "porta de entrada" para sua obra. Não é possível negar que o autor é muito bom e suas histórias muito bem construídas, mas ele não "me conquistou"...

10 de setembro de 2013

A Bíblia das Meninas para Mães e Filhas

Editora Mundo Cristão

Se você for procurar, tem Bíblia de tudo nesse mundo (considerando somente o livro cristão), há todo um nicho de mercado voltado para "colecionadores" de Bíblia - a próxima que sempre fará diferença na sua vida (enquanto, na verdade, basta ler e reler uma - idealmente). No entanto, eu realmente gostei desse livro "A Bíblia das Meninas para Mães e Filhas", escrito por Carolyn Larsen e lindamente ilustrado por Caron Turk.

São 50 histórias cujas protagonistas são as mulheres, algumas "famosas" como Rute, Ester, Maria, outras nem tanto, como Miriam, Abigail e Dorcas, e algumas que nem são nomeadas. O evento bíblico é recontado através dos olhos delas, com uma boa dose de imaginação para preencher os "vazios", mas todas bem consistentes. Os pequenos contos procuram responder a pergunta: "O que essa mulher estava pensando? O que essa mulher estava sentindo?", o que torna muito fácil de empatizar com elas. 

No final de cada história, há um pequeno texto refletindo sobre a história e convidando a mamãe a conversar sobre o assunto com sua filha, contando experiências. Essa parte não rendeu muito com a Anna - embora eu usasse o tempo para mostrar para ela as ilustrações, mas eu acredito que vai ser muito gostoso reler esse livro quando ela tiver uns 9 - 10 anos. 

3 de setembro de 2013

Cadê você, Bernadette?

Editora Companhia das Letras - Capa Sinem Erkas / Keith Hayes

Eu comecei gostando desse livro. Depois não gostei mais, fiquei com raiva. Aí eu percebi que eu estava ali, sofrendo com os personagens. Aí eu gostei mais do livro: "Cadê você, Bernadette?" (não é um título ótimo??).

Na história, a Bee procura sua mãe Bernadette, lembrando de todos os eventos relacionados com o seu sumiço, além de transcrever registros escritos incríveis, como e-mails, cartas e mensagens de texto. A Bernadette é uma excêntrica: não gosta de gente, contratou uma assistente pessoal na Índia (que inclusive agenda médico e restaurante para ela, em Seattle), já foi uma arquiteta genial, mas agora só lamenta sobre os motoristas de sua cidade... Uma personagem incrível, assim como sua filha (eu gostei menos do pai, hahahaha).

Maria Semple já escreveu roteiro para seriado de TV (como Mad about you), então esse é um livro dinâmico e gostoso de ler, com muitas partes engraçadas - mas tem um drama real no meio, embora os personagens pareçam um pouco caricatos. Realmente incrível é como a história se fecha perfeitamente! Muito bom ler livros assim!